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São PetersburgoEPA/ANATOLY MALTSEV

Oração por Zelensky termina em detenção em massa na Rússia

Cerca de 70 pessoas enfrentam penas de prisão após cerimónia religiosa em São Petersburgo ser interrompida por forças de segurança russas.
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A repressão russa contra vozes dissidentes atingiu um novo grupo em São Petersburgo, com a detenção de aproximadamente 70 cidadãos durante um encontro da organização "Escola do Princípio Unificado". O grupo, composto maioritariamente por académicos e professores de diversas regiões da Rússia, é agora acusado de violar as rigorosas leis de censura militar do país.

A operação policial ocorreu após denúncias de que os membros desta organização estariam a realizar orações públicas pela saúde do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e pelo sucesso estratégico das forças armadas da Ucrânia.

Segundo as autoridades russas, as preces incluíam pedidos de proteção divina para evitar a mobilização de reservistas russos e para impedir ataques às cidades ucranianas.

Implicações legais graves

Os detidos, entre os quais se destaca a conhecida pedagoga Olga Dautova, são acusados de difundir "informações falsas" sobre as Forças Armadas russas -- um crime que, sob o atual código penal da Federação Russa, pode levar a penas de até 10 anos de prisão.

O Kremlin considera que este grupo, com raízes históricas na Ucrânia, utiliza uma mistura de ritos ortodoxos e esotéricos para promover uma agenda anti-guerra e desmoralizar o exército russo junto das famílias dos seus seguidores.

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