Netanyahu acusa Macron de cometer "grave erro" ao promover o Estado da Palestina
Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro israelita, acusa Emmanuel Macron de estar a cometer "um grave erro" ao promover a ideia do Estado palestiniano.
Numa publicação na rede social X, o líder do governo israelita reagiu às recentes declarações do chefe de Estado francês, que disse estar a trabalhar para que o seu país reconheça o Estado da Palestina, que poderá vir a acontecer na conferência que copresidirá em junho, com a Arábia Saudita, nas Nações Unidas, em Nova Iorque. A possibilidade foi adiantada por Emmanuel Macron, numa entrevista transmitida na quarta-feira. Esse gesto seria parte de um movimento recíproco dos países árabes para reconhecer Israel, defendeu.
"Não vamos pôr em risco a nossa existência por causa de ilusões desligadas da realidade", acrescentou Netanyahu.
Recusando aceitar "lições de moral sobre a criação de um Estado palestiniano que ponha em perigo a existência de Israel", Netanyahu relembrou que França é contra a "independência da Córsega, da Nova Caledónia, da Guiana Francesa e de outros territórios, cuja independência não ameaçaria de forma alguma a França".
Após as declarações de Macron, uma onda de protestos de direito e extrema-direita surgiu em França. Com isto, o presidente francês teve de clarificar a sua posição, através de uma mensagem no X, onde sublinhou "o direito legítimo dos palestinianos a um Estado e à paz, tal como o dos israelitas a viverem em paz e segurança, ambos reconhecidos pelos seus vizinhos".