Secretário-geral da NATO, Mark Rutte
Secretário-geral da NATO, Mark RutteEPA/MICHAEL BUHOLZER

NATO tem "tudo pronto" para responder a provocações russas, garante Mark Rutte

A Organização do Tratado do Atlântico Norte “é muito mais forte do que a Rússia”, disse Mark Rutte, à entrada para uma reunião ministerial no quartel-general da NATO, em Bruxelas, na Bélgica.
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O secretário-geral da NATO rejeitou que abater aeronaves russas seja a única maneira de demonstrar a capacidade de dissuasão da Aliança Atlântica, mas advertiu Moscovo que “está tudo pronto” para responder a violações intencionais.

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) “é muito mais forte do que a Rússia”, disse Mark Rutte, à entrada para uma reunião ministerial no quartel-general da NATO, em Bruxelas, na Bélgica.

Questionado sobre a possibilidade de abater 'drones' (aeronaves pilotadas remotamente) e até aeronaves de combate – a Rússia utiliza, por exemplo, os Sukhoi Su-57, semelhantes aos F-35 - como a única maneira de dissuadir incursões aéreas, o secretário-geral da NATO respondeu que intercetar os drones ou aviões e acompanhá-los para fora do espaço aéreo da Aliança Atlântica também faz parte da capacidade de dissuasão.

No entanto, Mark Rutte quis “dizer aos russos que se o tentarem intencionalmente”, a NATO tem “tudo pronto para assegurar que vai defender-se”.

Sobre as sinergias anunciadas entre a NATO e a União Europeia – 23 dos 27 Estados-membros da União Europeia pertencem ao bloco político-militar atlântico, composto por 32 países -, Mark Rutte disse que “não há qualquer duplicação” de esforços.

“A NATO é boa nas coisas pesadas [armamento e estratégia militar], enquanto a União Europeia tem um enorme 'soft power' [poder de persuasão e diplomático]. Esta combinação é crucial para que a Rússia não prevaleça”, sustentou.

A reunião ministerial desta quarta-feira, 15 de outubro, vai congregar os governantes com a pasta da Defesa dos 32 Estados-membros da NATO, o homólogo ucraniano e também a representante da diplomacia da União Europeia, Kaja Kallas, no quartel-general da organização político-militar, de que Portugal faz parte e é um dos países fundadores.

O tópico principal é a continuidade e o reforço do apoio à Ucrânia, a caminho do quarto ano de conflito e depois de caírem por terra as perspetivas de um cessar-fogo criadas no verão.

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