Mulher que alegava ser Madeleine McCann culpada de assediar pais da criança desaparecida em Portugal em 2007
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Mulher que alegava ser Madeleine McCann culpada de assediar pais da criança desaparecida em Portugal em 2007

Justiça britânica considerou Julia Wandelt, uma polaca de 24 anos, culpada de assediar os pais de Madeleine McCann, criança que desapareceu, em maio de 2007, de um apartamento no Algarve.
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Julia Wandelt, uma cidadã polaca de 24 anos que alegava ser Madeleine McCann, foi esta sexta-feira, 7 de novembro, considerada culpada de assediar os pais da criança britânica, que desapareceu em maio de 2007, de um apartamento do Algarve, quando tinha três anos.

O tribunal de Leicester condenou-a a seis meses de prisão, mas uma vez que Julia Wandelt está sob custódia policial desde que foi detida, em fevereiro, a juíza referiu que já cumpriu o período de prisão. A polaca enfrenta agora a deportação, segundo avança a imprensa britânica.

A justiça considerou, no entanto, que Wandelt é inocente da acusação de perseguição. Karen Spragg, de 61 anos, de Cardiff, que também se sentou no banco dos réus, acusada de ajudar Julia Wandelt , foi considerada inocente das acusações de perseguição e assédio.

Após um julgamento de cinco semanas, Julia Wandelt conheceu esta sexta-feira o veredicto, momento no qual, relata o The Guardian, levou as mãos no rosto ao ouvir que foi considerada culpada por assediar Kate e Gerry McCann, entre junho de 2022 e fevereiro deste ano. Um assédio que se fez por via de telefonemas, mensagens e visitas à casa da família de Madeleine McCann, tendo implorado um teste de ADN.

Durante o julgamento, no qual testemunharam os pais de Madeleine McCann, a perita forense Rosalyn Hammond disse que "Julia Wandelt não pode ser Madeleine McCann", uma vez que os perfis de ADN não correspondem.

O The Guardian explica que foi emitida uma ordem de deportação contra a mulher que dizia ser a criança que desapareceu, em 2007, da Praia da Luz, no Algarve, cabendo agora ao secretário de Estado uma decisão sobre se permanece ou não sob custódia.

O tribunal decidiu ainda aplicar contra Wandelt uma ordem de restrição, justificando a medida por considerar que a mulher representa um “risco significativo" de assédio aos McCann no futuro, noticia a BBC.

De acordo com a emissora britânica a ordem de restrição imposta à mulher polaca é por tempo indeterminado, ou até que uma nova seja emitida. Já a Spragg foi aplicada uma ordem de restrição de cinco anos.

A reação dos pais de Madeleine McCann

Após ter sido conhecido o veredicto, Kate e Gerry McCann emitiram um comunicado, no qual afirmaram que, apesar de Wandelt ter sido considerada culpada, não sentem "nenhum prazer" com o desfecho do julgamento.

"Como a maioria das pessoas, não queríamos passar por um processo judicial e apenas queríamos que o assédio parasse", afirmaram os pais de Madeleine McCann.

Esperam que Julia Wandelt "receba os cuidados e o apoio adequados de que necessita e que qualquer vulnerabilidade não seja explorada por terceiros".

"Se alguém tiver novas provas relacionadas com o desaparecimento de Madeleine, por favor, comunique-as à polícia", referiram ainda.

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