Morre polícia na Nova Caledónia elevando para quatro vítimas da revolta
Delphine Mayeur / AFP

Morre polícia na Nova Caledónia elevando para quatro vítimas da revolta

O agente, de 22 anos, foi baleado na cabeça na localidade de Plum. Vários motins foram iniciados por grupos de jovens autóctones que se opõem a uma reforma do recenseamento eleitoral aprovada pelo Parlamento francês.
Publicado a
Atualizado a

Um polícia que ficou gravemente ferido nos tumultos em curso há dois dias na Nova Caledónia morreu esta quarta-feira, elevando para quatro o número de vítimas mortais do conflito desencadeado no território francês do Pacífico por uma reforma constitucional.

O agente, de 22 anos, membro de uma brigada móvel, foi baleado na cabeça na localidade de Plum, no sul da principal ilha do arquipélago, e os esforços dos serviços médicos não conseguiram salvar-lhe a vida.

A situação é crítica neste território autónomo francês do Pacífico Sul, localizado a 17.000 quilómetros da metrópole, após motins iniciados por grupos de jovens autóctones que se opõem a uma reforma do recenseamento eleitoral aprovada pelo Parlamento francês e que dilui o peso da população local.

Muitos edifícios foram incendiados e os confrontos com as forças de segurança são constantes, o que já levou o representante do Governo na ilha a descrever a situação como "insurrecional".

O ministro do Interior francês, Gérald Darmanin, afirmou que "centenas" de agentes ficaram feridos em confrontos com grupos de manifestantes.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, ordenou que seja decretado o estado de emergência e disse que será "implacável" para garantir a ordem pública, ao passo que o primeiro-ministro, Gabriel Attal, anunciou o envio de reforços policiais.

Macron ordenou também ao seu chefe de Governo que convoque os partidos da Nova Caledónia e adiou a promulgação da revisão constitucional, para dar uma oportunidade ao diálogo.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt