Joe e Jill Biden
Joe e Jill BidenEPA / WILL OLIVER / POOL

Memórias de Joe Biden "só" valem 9 milhões de euros, muito abaixo do que receberam Obama e Clinton

Em 2017, Barack e Michelle Obama receberam cerca de 55 milhões de euros pelas suas memórias dos tempos na Casa Branca. Interesse editorial seria maior caso o livro fosse de... Jill Biden.
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Joe Biden terá garantido um contrato de cerca de 9 milhões de euros (10 milhões de dólares), com o grupo Hachette Book, pelos direitos para a edição de um livro com as suas memórias presidenciais, segundo avançou o Wall Street Journal. Apesar de significativa, a quantia fica muito aquém dos contratos milionários que outros ex-presidentes norte-americanos assinaram após deixarem a Casa Branca.

Em 2017, Barack e Michelle Obama receberam cerca de 55 milhões de euros (60 milhões de dólares) pelas suas memórias dos tempos vividos na Casa Branca. Já Bill Clinton arrecadou, em 2004, cerca de 14 milhões de euros (15 milhões de dólares). O valor conseguido por Biden aproxima-se mais do contrato assinado por George W. Bush, que em 2009 recebeu cerca de 6,5 milhões de euros — valor equivalente ao de Biden, considerando os ajustes da inflação.

Biden, de 82 anos, afirmou este mês que tem estado “a trabalhar como um louco” para terminar o livro com as suas memórias. No entanto, fontes do setor editorial citadas pelo WSJ dizem acreditar que uma autobiografia de Jill Biden, primeira-dama e ex-professora universitária, poderia gerar muito mais interesse... e dinheiro.

Segundo um antigo assessor da Casa Branca, citado pelo jornal, Jill “poderia escrever um livro verdadeiramente explosivo, se quisesse”. Estimativas avançadas ao WSJ apontam para um contrato na ordem dos 14 milhões de euros, caso a mulher de Joe Biden estivesse disposta a revelar os bastidores da decisão do marido de abandonar a corrida presidencial de 2024 — uma decisão que, segundo várias fontes, foi fortemente influenciada por figuras de topo do Partido Democrata.

Já o livro de Joe Biden deverá cobrir os momentos marcantes do seu mandato, como a resposta à pandemia de covid-19, a retirada do Afeganistão, os desafios económicos e os confrontos constantes com Donald Trump. Contudo, sem revelações novas ou polémicas, muitos analistas acreditam que o impacto comercial será moderado.

Para já, o mundo editorial aguarda com expetativa para ver se Jill Biden decidirá contar a sua versão, uma história que, para muitos, poderá valer bem mais do que a do próprio ex-presidente.

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