A coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, condenou esta quarta-feira, 15 de outubro, os relatos de violência perpetrados pelo Hamas na Faixa de Gaza e defendeu que a Palestina só pode ser um Estado livre sem o movimento islamita."Essa é uma decisão que cabe aos palestinianos e não a mim, se a escolha fosse minha, não, mas os países são aquilo que lhes permitem ser e acho que idealmente eu só posso condenar execuções em praça pública como aquelas que tivemos notícia, isso é muito claro", afirmou Mariana Mortágua quando questionada sobre se o grupo islamita pode fazer parte do futuro da Palestina."Não há justiça pelas próprias mãos, seja pelo Hamas, seja por Israel", continuou à margem de uma conversa a decorrer em Lisboa, com os ativistas portugueses Miguel Duarte e Sofia Aparício que seguiam na Flotilha Global Sumud.A agência de notícias espanhola EFE avançou que circulam vídeos nas redes sociais que mostram membros do Hamas a executarem pessoas algemadas nas ruas, alegando que as mesmas colaboravam com Israel..Hamas diz ter entregue todos os corpos e Israel prepara a reabertura da fronteira de Rafah. Já a agência de notícias France-Presse (AFP) especificou que foram executados publicamente oito presumíveis colaboradores de Israel.Após vários dias de confrontos, testemunhas afirmaram na terça-feira que se registaram combates intensos no leste da cidade de Gaza, no bairro de Shujaia, entre uma unidade afiliada do Hamas e clãs e bandos armados, alguns dos quais teriam sido apoiados por Israel.Os quatro portugueses que fizeram parte da flotilha Global Sumud chegaram a 05 de outubro, pelas 22:30, ao aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, onde eram aguardados por familiares e apoiantes pró-Palestina.Mariana Mortágua, a atriz Sofia Aparício e os ativistas Miguel Duarte e Diogo Chaves foram detidos, em Israel, depois das forças israelitas terem intercetado as cerca de 50 embarcações da Flotilha Global Sumud, que pretendia entregar ajuda humanitária na Faixa de Gaza..Desmilitarização, força de estabilização, governação e reconstrução: incógnitas do futuro da Faixa de Gaza