Maria Luís Albuquerque diz que europeus estão conscientes da importância da sua missão

Nas primeiras declarações depois de o seu cargo ter sido confirmado pelo Parlamento Europeu, a nova comissária europeia mostrou-se otimista sobre a sua tarefa de desbloquear financiamento para as empresas, e trabalhar em prol de uma união bancária. “Acho que temos melhores condições agora, porque há uma consciência mais clara da importância deste objetivo, do facto de a Europa estar a perder competitividade”, disse Maria Luís Albuquerque.

“A ideia é no final dos cinco anos [de mandato] haver uma situação muito mais favorável do que aquela que temos agora, para haver uma interação entre quem precisa de financiamento e quem tem fundos para investir dentro da Europa, para mantermos cá essa riqueza, esses postos de trabalho e os nossos investidores, com a proteção adequada mas com a rentabilidade que precisam e merecem”, afirmou a ex-ministra das Finanças.

Questionada sobre as perspetivas de ter o compatriota António Costa na presidência do Conselho, disse esperar que “a relação seja muito boa” e estendeu esse objetivo. “Espero que seja boa entre as diversas instituições, com o Parlamento Europeu também, que é fundamental para conseguir qualquer um destes objetivos. A expectativa é que a relação entre as três instituições seja positiva. Na verdade, queremos todos o mesmo ainda que não estejamos de acordo com a forma de lá chegar. Agora temos é de arregaçar as mangas e começar o trabalho tão cedo quanto possível”, concluiu.

Em Estrasburgo, o Parlamento Europeu aprovou hoje, com 370 votos favoráveis e 282 contra, o colégio de comissários da Comissão de Ursula von der Leyen. A nova equipa inicia o mandato no domingo.

Maria Luís Albuquerque vai ser a comissária para os Serviços Financeiros, União de Poupança e Investimento sob a vice-presidência do francês Stéphane Séjourné.