Mais de metade da população de Israel já recebeu as duas doses da vacina contra a covid-19

O ministro da saúde de Israel, Yuli Edelstein, informou que 50,07% da população recebeu as duas doses da vacina e 55,96% a primeira.
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Israel já administrou as duas doses da vacina contra a covid-19 a mais de metade da sua população, avança esta quinta-feira a Reuters.

A informação foi divulgada pelo ministro da saúde do país, Yuli Edelstein. O governo fez saber que 50,07% da população recebeu as duas doses da vacina e 55,96% a primeira.

Ou seja, quase 4,6 milhões de israelitas, ou seja mais da metade da população de Israel - país com 9,2 milhões de habitantes - receberam as duas doses da vacina Pfizer/BioNTech, de acordo com os dados do ministério da Saúde publicados esta quinta-feira.

Edelstein revelou ainda que cerca de 8,7% da população conseguiu recuperar da doença provocada pela infeção pelo SARS-CoV-2. Uma faixa da população que tem permissão para se deslocar a áreas de lazer com um certificado denominado "Green Pass" (passaporte verde, em tradução livre).

À agência de notícias, diretor-geral do Ministério da Saúde de Israel, Hezi Levi, estima que toda a população elegível para a vacinação estará totalmente inoculada até o final de maio.

Foi em dezembro que começou a ser distribuída a vacina desenvolvida pela Pfizer /BioNTech em Israel e da população elegível para a toma da vacina passaram a ser incluídos os cidadãos e residentes com mais de 16 anos - cerca de 69% da população de 9,3 milhões, escreve a Reuters.

As pessoas imunizados com o fármaco são considerados totalmente protegidas uma semana após receberem a segunda injeção, indica ainda a agência de notícias.

Atingido o marco de metade da população totalmente vacinada, o ministro da Saúde fez um apelo aos israelitas. Pede que continuem a seguir as orientações das autoridades de saúde de modo a que não se assista a um agravamento da pandemia no país.

O levantamento das medidas restritivas, no âmbito do confinamento no país, começou, gradualmente, no final de fevereiro, com grande parte das empresas, escolas e aeroportos a retomar a atividade, embora com limites na lotação dos espaços. Israel enfrentou três confinamentos e também não escapou à crise económica provocada pela pandemia.

De acordo com Eran Segal, do Instituto de Ciência Weizmann, Israel assistiu a uma diminuição de 85% nas mortes diárias de covid-19, uma redução de 72% nos casos de doenças graves e registou menos 86% de casos diários da doença, desde o terceiro pico da pandemia em meados de janeiro.

Também este mês, o exército israelita ultrapassou os 80% de vacinados ou recuperados da covid-19, tornando-se a primeira instituição a alcançar a imunidade coletiva, segundo um porta-voz militar.

Refira-se que Netanyahu conseguiu um acordo para o fornecimento rápido de doses da Pfizer-BioNTech, em troca de dados biomédicos dos israelitas sobre os efeitos da vacina.

Desde o início da pandemia, o país confirmou mais de 820 mil casos de covid-19, que resultaram em mais de 6 mil mortes.

Esta quinta-feira, a taxa de positividade era de 1,1%, uma diminuição em quase 6% em relação há um mês, indica o ministério da saúde israelita.

Os dados mais recentes referem que há 482 doentes em estado crítico. No final de fevereiro eram mais de 800.

O processo de vacinação é, no entanto, mais lento em Gaza, enclave palestiniano, que, segundo a AFP, enfrenta limitações e bloqueios por parte de Israel.

Grupos de direitos humanos e alguns congressistas democratas dos EUA pediram a Israel que ofereça vacinas a todos os palestinianos. Israel vacinou mais de 100 000 trabalhadores palestinianos com permissão para entrar em Israel.

No início de março, a Autoridade Palestiniana recebeu 60 000 doses das vacinas contra a covid-19 que foram entregues através do programa Covax das Nações Unidas.

Atualizado às 10:59

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