Zelensky e Macron.
Zelensky e Macron.EPA/LUDOVIC MARIN

Macron diz que 26 países se comprometeram a estar "em terra, no mar e no ar" no apoio à Ucrânia no pós-guerra

Presidente francês foi o anfitrião de mais uma reunião da Coligação dos Dispostos, mais de 30 países que estão a preparar garantias de segurança para apoiar a Ucrânia.
Publicado a
Atualizado a

O presidente francês, Emmanuel Macron, acusou esta quinta-feira (4 de setembro) a Rússia de "escolher continuar a guerra" e ameaçou "dar novos passos com os EUA" caso Moscovo não aceite um encontro entre o presidente russo, Vladimir Putin, e o ucraniano, Volodymyr Zelensky.

Macron falava numa conferência de imprensa ao lado de Zelensky, após uma reunião da Coligação dos Dispostos. Esta reúne mais de 30 países, que se mostraram dispostos a dar garantias de segurança a Kiev após o final da guerra.

Segundo Macron, 26 países já se comprometeram em estar “em terra, no mar ou no ar” para ajudar os ucranianos depois do final da guerra, revelando que em cima da mesa há "um plano militar robusto" que não será revelado para manter os russos no escuro.

"A Ucrânia não escolheu a guerra e aceitou o cessar-fogo incondicional proposto por Donald Trump", disse Macron. Por outro lado, "a Rússia agarrou-se a este desejo de guerra permanente, intensificando os seus ataques contra civis, com resultados inaceitáveis", afirmou o presidente.

Segundo Macron, a Coligação quer que haja uma série de encontros -- a começar num entre Zelensky e Putin -- para acabar com a guerra e "se Moscovo não quiser respeitar estas condições, teremos que dar mais passos com os EUA".

Zelensky e Macron.
“Deixem-no vir a Moscovo”. Putin admite possibilidade de encontro com Zelensky

"O argumento principal aqui é que não há limites para a defesa da Ucrânia", disse Macron, reiterando a necessidade de "regenerar" o exército ucraniano para "resistir" aos ataques russos.

Os líderes da Coligação dos Dispostos falaram também com o presidente norte-americano, Donald Trump, dizendo que "estamos prontos a coordenar os nossos esforços de forma a parar os esforços de guerra da Rússia".

Macron indicou que 26 países já apresentaram propostas específicas sobre o que podem oferecer em termos de garantias de segurança, mas que isso precisa de ser finalizado com os EUA -- que deixaram claro o seu desejo de se envolverem nas garantias de segurança.

Zelensky e Macron.
Dois peritos em desminagem de organização dinamarquesa mortos num ataque russo na Ucrânia

Zelensky, por seu lado, defendeu que a chave para o fim da guerra é privar "a máquina de guerra russa" de recursos, ao mesmo tempo que fala sobre a necessidade de aumentar a pressão – incluindo sanções económicas – sobre Moscovo.

Afirma ainda que a Ucrânia está particularmente interessada em garantir a "máxima proteção" dos seus céus para "salvar vidas" e proteger os ucranianos dos ataques noturnos da Rússia.

O presidente ucraniano avisou ainda que “as linhas de produção de armamento europeias não estão a funcionar o suficiente”, e apela a mais investimento nesta área para que funcionem em plena capacidade.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt