Ainda a digerir os resultados da Cimeira da NATO, os líderes dos 27 reúnem-se esta quinta e sexta-feira, 26 e 27 de junho, em Bruxelas, para um Conselho Europeu que será dedicado à Segurança e Defesa, e consequentemente à Ucrânia, mas que também se focará em temas como a imigração e os Balcãs Ocidentais. Na sua carta convite para este encontro, o presidente do Conselho Europeu começa por dizer que “abordaremos diversas questões que devem ser enfrentadas em conjunto para promover as nossas ambições comuns: construir uma Europa mais competitiva, mais segura e mais autónoma para os nossos cidadãos e garantir que a União Europeia possa ser um ator global eficaz, previsível e fiável”, acrescentando que “a interação entre um contexto internacional desafiante e as nossas prioridades económicas internas, como o aprofundamento do Mercado Único, é mais importante do que nunca. É por isso que quero que discutamos os desafios geoeconómicos que enfrentamos, abordando tanto o lugar da UE no mundo, como a sua competitividade”. Costa sublinha igualmente no documento que “esta será também uma boa oportunidade para refletir sobre como reforçar ainda mais o papel internacional do euro”.No que diz respeito à Defesa, e segundo uma primeira versão da declaração final deste Conselho Europeu citada pelo Politico, os líderes dos 27 deverão pedir ao executivo comunitário, liderado por Ursula von der Leyen, e à líder da diplomacia europeia, Kaja Kallas, para que apresentem um “roteiro” para a implementação de todas as iniciativas de Defesa acordadas até agora – como o programa “ReArmar a Europa” - mas deixarão para mais tarde novas opções de financiamento, nomeadamente para a reunião de outubro, apesar de este não ser um tema que esteja, para já, na agenda. Quanto à Ucrânia, a discussão contará com a participação do presidente Volodymyr Zelensky, com António Costa a dizer que “a UE manter-se-á igualmente firme no seu apoio à Ucrânia” e anunciando que nesta reunião “abordaremos o caminho da Ucrânia para a adesão” ao bloco.O presidente do Conselho Europeu, na sua carta convite, faz também uma referência à situação no Médio Oriente, alertando Israel que “deve cumprir integralmente o direito internacional e as suas obrigações internacionais” e que os líderes dos 27 avaliarão “os instrumentos e as opções ao dispor da União Europeia neste sentido”, numa referência à avaliação que está a ser feita por Bruxelas ao Acordo de Associação com Telavive.Trazido para a discussão por Ursula von der Leyen, através de uma carta enviada esta semana aos líderes dos 27, estará o tópico da imigração. Nessa missiva, a presidente da Comissão Europeia recorda que na primeira metade deste ano se registou uma diminuição de 21% de entradas ilegais no bloco em comparação com o mesmo período de 2024, mas que o número continua alto – 69.000 até meados de junho. A alemã nota ainda que as partidas da Líbia representam 93% das entradas ilegais, com um aumento de 7% na rota do Mediterrâneo Central e de 173% nas chegadas à Grécia. .Países da NATO aceitam investir 5% em Defesa até 2035. Trump compromete-se a "ajudar" e "proteger" os aliados.Zelensky e Trump vão reunir-se à margem da cimeira de Haia