O governo da Lituânia declarou esta terça-feira, 9 de dezembro, o estado de emergência nacional por motivos de risco de segurança devido à deteção no seu espaço aéreo de balões da Bielorrússia, aliada do regime do presidente da Federação Russa, Vladimir Putin.Os referidos aparelhos voadores, que a agência noticiosa norte-americana AP descreve como tendo funções de avaliação meteorológica, têm vindo a obrigar repetidamente à suspensão das operações no aeroporto de Vílnius, sendo percecionados como uma forma de guerra híbrida.O executivo daquele país báltico (Nordeste da Europa) invocou esta terça-feira “interesses da segurança nacional” e “perigo” para vidas humanas, propriedades e ambiente em virtude de balões que transportam “contrabando” a partir daquela antiga república soviética.O anúncio aconteceu após reunião do conselho de ministros da Lituânia, membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla inglesa), da qual Portugal é um dos fundadores e conta com 32 estados-membros.A Lituânia tem sido um dos países que mais apoia a causa ucraniana contra a ofensiva militar e invasão russas, que começou em 24 de fevereiro de 2022, até pela sua proximidade geográfica face àquela potência nuclear, tendo também pertencido à extinta União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).“A emergência foi declarada por causa de perturbações à aviação civil e devido a preocupações com a segurança nacional. Há necessidade de coordenação mais próxima entre as instituições”, disse o ministro da Administração Interna lituano, Vladislavas Kondratovičius.Aquele género de balões são normalmente utilizados para o contrabando de tabaco, mas as autoridades de Vílnius consideram que o aumento do seu número e as respetivas trajetórias são atos deliberados de perturbação orquestrados pelas homólogas da Bielorrússia.