"Lembrar da humanidade comum que nos une é a principal arma contra a xenofobia discriminação racial. Respeitar a dignidade daqueles que migram em busca de uma vida melhor é reconhecer que há mais semelhanças do que diferenças entre nós". Este é um trecho do discurso do presidente Lula da Silva na entrega do prêmio Camões à Adélia Prado, em Brasília.A cerimónia ocorreu no Palácio do Itamaraty durante visita de estado do presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa. O homólogo português lembrou da religiosidade no poemas da escritora, mas sem "exclusões" e evocou o feminismo da brasileira, dizendo que é "mulher com M maiúsculo".Eugênio Prado, filho de Adélia, representou a vencedora na cerimónia. Ao ler o discurso, disse que a mãe pediu que afirmasse o quanto ama Portugal. A entrega durante a programação bilateral ocorreu pela segunda vez seguida. Na cimeira passada, em abril de 2023, Chico Buarque recebeu o prémio Camões no Palácio Queluz, em Lisboa. A premiação foi instituído em 1988 com o objetivo de consagrar um autor ou autora de língua portuguesa que, pelo conjunto de sua obra, tenha contribuído para o enriquecimento do patrimônio literário e cultural de nossa língua comum. É considerado o prémio mais importante da língua portuguesa.Após a entrega da distinção ontem, foi realizado um jantar de honra ao presidente português e a comitiva de ministros. Rebelo de Sousa brincou que "desde a posse não via tantos ministros reunidos". Luís Montenegro viajou acompanhado de 11 ministros para a cimeira que ocorre esta quarta-feira em Brasília.amanda.lima@dn.pt. *Em BrasíliaA jornalista viajou a convite da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil)..11 ministros, 11 setores. Portugal e Brasil vão selar acordos com Montenegro e Lula à cabeça.Marcelo concorda com um Lula “em grande forma física”: “O mundo mudou há um mês”