Trump confirma reunião com Zelensky em Washington na sexta-feira

Presidente do Conselho Europeu, António Costa, convocou uma reunião por videoconferência após o encontro entre o presidente francês, Emmanuel Macron, e o seu homólogo norte-americano, Donald Trump.
Trump confirma reunião com Zelensky em Washington na sexta-feira
EPA/ GLEB GARANICH / POOL

 Montenegro pede Europa responsável que não se distraia com o acessório

O primeiro-ministro português apelou hoje a uma Europa responsável que não se distraia com o acessório, quando valores como a unidade, segurança e prosperidade "estão postos à prova".

Numa publicação na rede social X, Luís Montenegro referiu ter participado na reunião convocada pelo presidente do Conselho Europeu, António Costa, para preparar a cimeira extraordinária da próxima semana, numa altura em que a Europa tem de "enfrentar e resolver desafios históricos".

"Neste tempo, a unidade e segurança da Europa e a prosperidade económica e social do nosso espaço estão postos à prova. Não nos podemos distrair com o acessório quando é essencial a nossa responsabilidade", afirmou.

A publicação é ilustrada com uma fotografia da reunião que decorreu por videoconferência, com o Presidente francês, Emmanuel Macron, em grande plano, um dia depois de ter regressado dos Estados Unidos da América.

EUA e Rússia encontram-se em Istambul sem a Ucrânia na agenda

Delegações dos Estados Unidos e da Rússia vão encontrar-se a 27 de fevereiro em Istambul, na Turquia, num encontro que servirá para debater as operações diplomáticas entre os dois países, de acordo com a agência Reuters, que cita um porta-voz do Departamento de Estado norte-americano.

A mesma fonte diz que na agenda das negociações não está a Ucrânia ou qualquer questão política ou de segurança.

Trump confirma reunião com Zelensky em Washington. "Vamos fazer um acordo para parar de matar pessoas"

Donald Trump afirmou hoje na primeira reunião com o seu gabinete na Casa Branca que Volodymyr Zelensky "chega sexta-feira" a Washington. "Vamos assinar um acordo, um acordo muito grande", frisou, acrescentando que "os contribuintes não deviam pagar a conta” relativa ao dinheiro que os Estados Unidos deram à Ucrânia desde a invasão da Rússia.

“O mais importante é que vamos fazer um acordo com a Rússia e a Ucrânia para parar de matar pessoas”, sublinhou.

Montenegro manifesta apoio a Zelensky: "Uma paz justa e duradoura pressupõe garantias efetivas de segurança"

O primeiro-ministro Luís Montenegro revelou numa publicação na rede social X que falou hoje com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, numa conversa em que aproveitou para reiterar o "firme apoio" de Portugal à Ucrânia "em todas as frentes".

"Uma paz justa e duradoura pressupõe garantias efetivas de segurança para a Ucrânia, o envolvimento da Europa e dos parceiros transatlânticos", escreveu o chefe do governo português.

Zelensky confirma visita à Casa Branca e diz que quer saber se a Ucrânia conta com o apoio de Trump 

Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, espera que o acordo dos minérios “leve a novos acordos”, mas negou que já haja um entendimento com os EUA sobre as garantias de segurança para a Ucrânia.

“Queria um entendimento sobre as garantias de segurança para a Ucrânia. É importante que isso exista”, assumiu numa conferência de imprensa em Kiev, confirmando que na sexta-feira irá visitar a Casa Branca, onde pretende ser "muito direto" na conversa com Donald Trump, na qual pretende saber se os EUA continuarão a apoiar a Ucrânia na guerra com a Rússia.

Certo é que, frisou Zelensky, “se não houver garantias de segurança, não haverá um cessar-fogo. Nada funcionará”.

O líder ucraniano sublinhou que o acordo dos minerais com os EUA “é apenas o começo de algo que pode ser um grande sucesso”, mas que "dependerá da conversa com o presidente Trump".

Kiev confirma acordo com EUA mas só assina com garantias de segurança

A Ucrânia confirmou esta quarta-feira ter chegado a um acordo preliminar com os Estados Unidos para criar um fundo de investimento com a exploração dos recursos naturais ucranianos, mas insistiu na exigência de garantias de segurança.

"Não pensamos assinar qualquer acordo sem garantias de segurança", disse o primeiro-ministro da Ucrânia, Denis Shmigal à televisão ucraniana, citado pela agência noticiosa estatal local Ukrinform.

O chefe do governo ucraniano disse que as duas partes chegaram a acordo sobre "uma variante final" do documento.

"A partir de hoje, o acordo chama-se 'Acordo sobre o estabelecimento de regras e condições para o investimento num fundo de reconstrução ucraniano'", afirmou, segundo a agência espanhola EFE.

Shmigal disse tratar-se de um acordo preliminar que "determina as ações legais para a futura criação de um fundo de investimento para a reconstrução da Ucrânia".

O primeiro-ministro afirmou que a Ucrânia e os Estados Unidos terão direitos e obrigações iguais no fundo, tanto na tomada de decisões como na contribuição de capital.

"O ponto 10 (...) também refere que o acordo sobre o fundo é um elemento integrante da arquitetura dos acordos bilaterais e multilaterais, bem como as medidas concretas para alcançar uma paz duradoura e reforçar a estabilidade económica e de segurança", acrescentou.

Fontes oficiais ucranianas disseram a vários meios de comunicação social na terça-feira à noite que tinha sido alcançado um acordo com os Estados Unidos.

O presidente norte-americano, Donald Trump, confirmou a iminência do acordo e disse que o homólogo ucraniano, Volodymir Zelenski, irá a Washington na sexta-feira para o assinar.

Segundo a versão final a que os meios de comunicação social tiveram acesso, o acordo não inclui as garantias de segurança dos Estados Unidos que Shmigal voltou a exigir hoje, acrescentou a EFE.

Lusa

Kiev continua a querer que Europa participe em garantias de segurança, defende Sebastião Bugalho

FOTO: Pedro Granadeiro

O eurodeputado do PSD Sebastião Bugalho defendeu esta quarta-feira que a Ucrânia continua a querer que a Europa faça parte das garantias de segurança pós-cessar-fogo, apesar de Kiev considerar essencial uma relação com os Estados Unidos.

Em declarações à Lusa após uma visita à capital ucraniana no terceiro aniversário da invasão russa, Sebastião Bugalho afirmou que a delegação de parlamentares de países europeus que integrou ouviu claramente das autoridades ucranianas que "a relação entre a Europa e os Estados Unidos é fundamental para conseguir paz e segurança na Ucrânia, apesar de óbvias diferenças de perspetiva".

"Foi-nos reiterada a necessidade de manter a relação entre a Europa e os Estados Unidos do ponto de vista económico, para a reconstrução. Nem a Ucrânia nem a Europa desistiram de fazer parte de um processo de arquitetura de segurança. A Ucrânia continua a querer que a Europa faça parte desta decisão", destacou.

O social-democrata indicou que os Estados Unidos poderão também fazer parte dessa "arquitetura de segurança" para assegurar o cumprimento de um cessar-fogo em função do acordo para exploração pelos norte-americanos de minérios raros na Ucrânia que o Presidente norte-americano, Donald Trump, exigiu a Kiev.

"Uma posição ponderada seria esperar para ter acesso integral ao documento quando for assinado pelos dois líderes para termos uma ideia mais clara dos direitos que os Estados Unidos se reservarão para defender o seu investimento", recomendou.

Sobre o papel do presidente francês, Emmanuel Macron, que foi a Washington falar com o seu homólogo norte-americano sobre a abertura de negociações de paz e o diálogo que Trump tem mantido com o presidente russo, Vladimir Putin, Sebastião Bugalho referiu que para os ucranianos, "não há uma capital europeia maior que Bruxelas".

"Macron tem uma responsabilidade grande, manteve sempre uma boa relação com Trump e ainda bem que assim é, mas não vejo sinal de que isso secundarizasse Bruxelas em favor de qualquer outra capital", avaliou.

A delegação de parlamentares de 22 países da União Europeia e extra-27, que foi recebida pelo Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e por outros altos responsáveis, demonstrou "a abrangência do apoio à Ucrânia" em nacionalidades e ideologia, considerou.

"Vinte e dois parlamentos diferentes, todos solidários com a Ucrânia, todos europeus. É um sinal positivo e necessário que os países aliados se façam representar através das suas instituições mais democráticas", acrescentou, depois de Donald Trump ter chamado "ditador" a Volodymyr Zelensky por não se realizarem eleições no país que enfrenta há três anos uma invasão que já terá provocado centenas de milhares de mortos em ambos os lados do conflito.

Lusa

Novas conversações entre EUA e Rússia marcadas para amanhã, anuncia Lavrov

As delegações dos EUA e da Rússia voltam a reunir-se esta quinta-feira (27 de fevereiro), revelou o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov.

Desta vez, a reunião "vai ter lugar em Istambul", anunciou o chefe da diplomacia russa, citado pela agência estatal TASS.

O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, recorde-se, esteve à mesa das conversações entre os dois países em Riade, na Arábia Saudita, a 18 de fevereiro.

De acordo com Lavrov, a reunião desta quinta-feira irá servir para debater questões relacionadas com as embaixadas dos dois países.

“Anunciámos que os nossos diplomatas e peritos de alto nível iriam reunir-se para abordar os problemas sistémicos que se acumularam como resultado das atividades ilegítimas da anterior administração [norte-americana] destinadas a criar obstáculos artificiais ao trabalho da embaixada russa, aos quais respondemos claramente na mesma moeda, criando também condições desconfortáveis para o funcionamento da embaixada norte-americana em Moscovo”, afirmou Lavrov.

Ministro russo rejeita forças de paz na Ucrânia

EPA/ABEDIN TAHERKENAREH

Sergei Lavrov, ministro dos Negócios Estrangeiros russo, rejeitou esta quarta-feira a possibilidade de forças de manutenção da paz na Ucrânia.

Em Doha, no Qatar, o chefe da diplomacia russa, citado pela Sky News, disse que a hipótese de uma força de manutenção da paz na Ucrânia, após um cessar-fogo, sugerida pelo Reino Unido e pela França, visa agravar o conflito e é um “engano” para permitir à Ucrânia que consiga rearmar-se.

Esta posição de Lavrov contraria as declarações recentes do presidente dos EUA.

Donald Trump disse que perguntou ao presidente russo sobre a possibilidade de uma força de manutenção da paz na Ucrânia e que Vladimir Putin lhe terá dito que “não tinha qualquer problema com isso”.

Dois cidadãos franceses admitem responsabilidade pelas explosões no consulado russo em Marselha

O procurador de Marselha disse esta quarta-feira que dois cidadãos franceses admitiram a responsabilidade pelas explosões no consulado russo na cidade francesa, avança a Reuters.

Tudo aconteceu na segunda-feira (24 de fevereiro), dia em que a guerra na Ucrânia fez três anos, quando foram lançados dois cocktails Molotov para os jardins do consulado russo de Marselha, que acabaram por provocar as explosões, segundo a imprensa internacional.

Os dois franceses, revela a Reuters, trabalham no instituto de investigação francês CNRS.

Polónia anuncia que vai enviar para a Ucrânia mais cinco mil terminais Starlink

Rede social X / Starlink

O vice-primeiro-ministro polaco anunciou que Varsóvia encomendou cinco mil terminais de Internet Starlink para entregar à Ucrânia, avança esta quarta-feira a Sky News.

“A Starlink fornece Internet e segurança tanto na esfera civil como na militar. Graças a isso, a frente [de guerra na Ucrânia] mantém-se”, afirmou Krzysztof Gawkowski.

No passado fim de semana, o ministro da Defesa ucraniano disse que o país estava a trabalhar numa "alternativa" aos sistemas de telecomunicações Starlink, cruciais para o seu exército e detidas pela SpaceX, do milionário Elon Musk.

"Já estamos a trabalhar nisso. Existem alternativas", disse o ministro Roustem Oumerov numa conferência de imprensa em Kiev. O ministro acrescentou que "já existe uma solução", prometendo revelar detalhes em breve.

Ataque russo com quase 200 drones visa sobretudo a região de Kiev e faz pelo menos um morto 

Um ataque russo com quase 200 drones, sobretudo contra a região de Kiev, capital ucraniana, fez, esta noite, pelo menos um morto, de acordo com as autoridades locais.

Além de uma vítima mortal na região de Kiev, o ataque russo fez ainda dois feridos. Casas foram incendiadas, disse Mykola Kalashnyk, governador da região, citado pela Reuters.

A Força Aérea ucraniana indicou que as defesas aéreas abateram 110 dos 177 drones lançados pela Rússia durante o ataque noturno, sendo que 66 não atingiram os alvos.

Instalações energéticas no leste da Ucrânia também foram visadas neste ataque de Moscovo contra as regiões de Kiev, Kharkiv, Kirovohrad e Sumy.

A maior empresa privada de energia da Ucrânia, a DTEK, anunciou que a sua infraestrutura de energia na região sudeste de Dnipropetrovsk foi danificada, segundo noticia a Reuters.

Líderes da UE reúnem-se hoje por videoconferência para discutir conflito após encontro entre Macron e Trump

Os presidentes e primeiros-ministros dos países da União Europeia (UE) reúnem-se esta quarta-feira por videoconferência para abordar o conflito na Ucrânia, depois do encontro entre o presidente francês e o homólogo dos EUA.

A reunião por videoconferência foi convocada pelo presidente do Conselho Europeu, António Costa (ex-primeiro-ministro de Portugal), e também vai servir para preparar a cimeira extraordinária de líderes em 06 de março.

Ao final da manhã de terça-feira, António Costa escreveu nas redes sociais que a videoconferência foi equacionada na sequência da reunião de Emmanuel Macron com o Donald Trump, na segunda-feira.

Trump confirma reunião com Zelensky em Washington na sexta-feira
Europa em dupla demonstração de unidade em redor da Ucrânia

O encontrou realizou-se no dia do terceiro aniversário da invasão da Ucrânia pela Rússia e foi a principal questão abordada.

Imagens transmitidas do encontro entre os dois presidentes mostraram Donald Trump a dizer que todo o apoio da UE à Ucrânia foi feito sob empréstimos com Macron a corrigir o homólogo dos EUA.

"Na realidade, pagámos 60% do esforço total e foi, tal como fizeram os EUA, com empréstimos e subvenções, providenciámos dinheiro real. Esta guerra custou-nos, a todos, muito dinheiro, e é responsabilidade da Rússia, porque o agressor é a Rússia", disse o chefe de Estado francês.

Emmanuel Macron é o primeiro líder da União Europeia a visitar os Estados Unidos da América desde a tomada de posse de Trump, numa altura em que Washington e Moscovo iniciaram negociações preliminares para um cessar-fogo na Ucrânia e um eventual acordo de paz, em reuniões que excluíram a União Europeia e o país invadido.

Depois de responsabilizar a Ucrânia pela invasão da Federação Russa, que começou em 22 de fevereiro de 2022, Donald Trump disse, na segunda-feira, que espera uma visita de Volodymyr Zelensky para fechar um acordo sobre a partilha das receitas sobre os minerais ucranianos.

Lusa

Trump confirma reunião com Zelensky em Washington na sexta-feira
Com Putin e UE na corrida, Ucrânia e EUA chegam a acordo sobre minerais
Diário de Notícias
www.dn.pt