Júri da Florida ordena à Tesla pagar mais de 300 milhões por acidente fatal com Autopilot
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Júri da Florida ordena à Tesla pagar mais de 300 milhões por acidente fatal com Autopilot

O valor da indemnização é um dos mais elevados de sempre num caso de segurança automóvel.
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Um júri na Florida, nos Estados Unidos, ordenou à Tesla o pagamento de 329 milhões de dólares (cerca de 302 milhões de euros) à família de um homem que morreu num acidente fatal em 2019, envolvendo o sistema de assistência ao condutor da marca, o Autopilot.

A decisão, avançada esta sexta-feira, 1 de agosto, pela agência noticiosa Reuters, considera a fabricante de automóveis elétricos de Elon Musk negligente e o seu produto defeituoso. O veredicto, proferido em Fort Lauderdale, concluiu que o sistema Autopilot foi um fator determinante na morte de Stephen Banner, de 59 anos.

A família do falecido, que apresentou a queixa, alegou durante o julgamento que o Autopilot da Tesla criou uma falsa sensação de segurança, levando o condutor a confiar excessivamente na tecnologia, e que a empresa falhou em implementar um sistema de monitorização eficaz. Por outro lado, os advogados da Tesla argumentaram que a culpa do acidente foi do próprio Stephen Banner, que não estava a prestar atenção à condução.

O valor da indemnização, um dos mais elevados de sempre num caso de segurança automóvel, inclui 259 milhões de dólares (cerca de 238 milhões de euros) em danos punitivos e 70 milhões de dólares (cerca de 64 milhões de euros) em danos compensatórios. A empresa do multimilionário Elon Musk tem ainda a possibilidade de recorrer da decisão.

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