JD Vance e a mulher, Usha, foram vaiados no Kennedy Center.
JD Vance e a mulher, Usha, foram vaiados no Kennedy Center. EPA/Teresa Suarez

JD Vance vaiado no Kennedy Center após purga no conselho de administração (com vídeo)

Vice-presidente dos EUA e mulher assistiram a concerto da National Simphony Orchestra. Foram apupados pela audiência, descontente com purga que Trump fez na Administração que considerou muito 'woke'.
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Mal JD Vance e a "segunda-dama" Usha Vance ocuparam os seus lugares no camarote no Kennedy Center, em Washington DC, a audiência começou a vaiar o vice-presidente dos EUA e a sua mulher. O protesto, uma raridade nesta sala de espetáculo da capital federal dos EUA, durou apenas uns 30 segundos, durante os quais Vance foi visto a sorrir e acenar, segundo um vídeo divulgado pelo correspondente do jornal britânico The Guardian, Andrew Roth, no X.

As vaias foram uma reação ao facto de Donald Trump ter assumido a presidência do conselho de administração do centro de artes performativas John F. Kennedy (o nome oficial do Kennedy Center) e purgado todos os elementos nomeados por Joe Biden para aquele organismo tradicionalmente bipartidário.

Apesar dos protestos, os Vance ficaram até ao fim do concerto, no qual a National Simphony Orchestra tocou músicas de Shostakovich e Stravinsky. Usha Vance foi uma das personalidades republicanas que Trump nomeou recentemente para a administração do Kennedy Center, além de outros aliados do presidente, como a chefe de gabinete da Casa Branca, Susie Wilkes, ou a pivô da Fox News Laura Ingraham.

O concerto começou com 25 minutos de atraso devido às medidas de segurança adicionais exigidas pela presidente do vice-presidente, com toda a audiência a ser sujeita a controlos por parte do Secret Service, a agência responsável pela segurança dos altos responsáveis americanos.

Confrontado com as notícias sobre as vaias a JD Vance, Richard Grennel, conselheiro de política externa e próximo aliado de Trump que em fevereiro o nomeou diretor interino do Kennedy Center, garantiu que a audiência foi muito "intolerante".

No mês passado, Trump demitiu o presidente do conselho de administração do Kennedy Center bem como 13 outros administradores, nomeando-se a si próprio como novo presidente e trazendo para aquele organismo personalidades que lhe são próximas, como Usha Vance, que fez parte do conselho de administração da Orquestra Sinfónica de Cincinnati de 2020 a 2022.

“Tomámos conta do Kennedy Center”, disse o presidente na altura. “Não gostámos do que estavam a mostrar e de várias outras coisas. Vamos certificar-nos de que é bom e de que não vai ser woke. Não há mais woke neste país”.

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