Protestos ocorrem em várias cidades do país.
Protestos ocorrem em várias cidades do país. EPA/ ATEF SAFADI / Lusa

Israel. Famílias de reféns promovem greve este domingo

"A luta é por trazer todos os 50 reféns de volta a casa – os vivos para reabilitação e os falecidos para um enterro digno na sua pátria", explicam as famílias.
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Uma greve ocorre este domingo, 17 de junho, em várias cidades de Israel, para reivindicar o regresso dos reféns capturados pelo grupo terrorista Hamas. "Por todo o país, centenas de iniciativas cidadãs vão suspender a rotina diária e juntar-se à causa mais justa e moral: a luta por trazer todos os 50 reféns de volta a casa – os vivos para reabilitação e os falecidos para um enterro digno na sua pátria", lê-se em comunicado divulgado pelo Fórum das Famílias dos Reféns.

São esperadas quase um milhão de pessoas na Praça dos Reféns, em Telavive, ao longo do dia. Estão previstos cerca de 200 autocarros vindos de várias regiões de Israel, além de fóruns locais com atividades em centenas de cidades do país. "O povo de Israel sairá às ruas unido num só apelo – nas ruas, nas praças, nos cruzamentos, nas redes sociais e em todo o lado: tragam-nos já para casa."

Na praça, estará patente uma exposição fotográfica com famílias de reféns, com intervenções no palco principal a cada duas horas. À noite, será realizada uma oração coletiva às 18:00, seguida de uma marcha de solidariedade desde Arlozorov (Savidor Central) até à Praça dos Reféns. A programação encerra às 20h00 com declarações dos familiares dos reféns em frente à base Kirya (Sderot Sha’ul HaMelech).

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Controlo total de Gaza

Recentemente, o Governo israelita anunciou que vai assumir o controlo da cidade de Gaza, onde vivem cerca de um milhão de residentes, que seriam deslocados, uma medida criticada pela maioria da comunidade internacional, pela União Europeia e pelas Nações Unidas.

A ofensiva israelita em Gaza começou depois dos ataques do Hamas, no poder no enclave desde 2007, em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, nos quais morreram cerca de 1.200 pessoas e perto de 250 foram feitas reféns, das quais cerca de 50, incluindo 20 com vida, permanecem detidas.

Desde então, a operação militar israelita causou já mais de 61 mil mortos, a destruição de quase todas as infraestruturas de Gaza e a deslocação forçada de centenas de milhares de pessoas, perante acusações de genocídio por vários países e organizações.

amanda.lima@dn.pt

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