Israel acusa Macron de liderar uma "cruzada contra o Estado judaico" após ameaça de sanções
O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel acusou o presidente francês, Emmanuel Macron, de liderar uma "cruzada" contra o Estado judaico e não estar interessado em "factos", depois de ele ameaçar com sanções se nada mudar a nível humanitário.
"Não há bloqueio humanitário. Isso é uma mentira descarada", escreveu o ministério no X. "Em vez de pressionar os terroristas jihadistas, Macron quer recompensá-los com um Estado palestiniano. Sem dúvida, o seu dia nacional será o 7 de outubro", acrescentou, referindo-se ao dia do ataque que, em 2023, resultou em mais de 1200 mortos e 250 reféns.
Em declarações na abertura do Diálogo de Shangri-La, um fórum de Defesa em Singapura, Macron defendeu que o Ocidente arrisca perder toda a credibilidade perante o resto do mundo se abandonar Gaza e deixar Israel fazer o que entender no território palestiniano.
Macron insistiu que a Europa deve reconhecer formalmente o Estado da Palestina por uma questão de credibilidade e deixar de dar “carta-branca” a Israel na campanha militar na Faixa de Gaza.
"Temos de trabalhar para o reconhecimento de um Estado palestiniano. Se abandonarmos Gaza e dermos carta-branca a Israel, estaremos a arruinar a nossa própria credibilidade”, acrescentou, avisando que França pode aplicar "sanções" contra Israel.
“Se não houver resposta nas próximas horas e dias em relação à situação humanitária, teremos de endurecer a nossa posição coletiva”, acrescentou, sugerindo que a França poderá considerar aplicar sanções contra os colonos israelitas.
Com Lusa