Israel aceita trégua na Faixa de Gaza proposta pelo Egito

Israel aceitou uma trégua proposta por Egito na Faixa de Gaza. Cairo aguarda resposta palestina.
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Israel aceitou este domingo uma trégua na Faixa de Gaza, proposta pelo Egito, onde 31 palestinianos, incluindo seis crianças, morreram e 275 pessoas ficaram feridas, disse uma fonte dos serviços de segurança egípcios à AFP, acrescentando que o Cairo aguarda agora a resposta palestina.

"O lado israelita aceitou a trégua", disse à AFP aquela fonte, que não quis ser identificada, sem dar mais detalhes. Uma fonte do grupo palestino confirmou à AFP que as negociações estão em andamento.

A Jihad Islâmica Palestina já reconheceu que estão a ser feitas tentativas "ao mais alto nível" para alcançar um cessar-fogo para pôr fim à escalada de violência com Israel.

"Estão em curso esforços ao mais alto nível para alcançar um cessar-fogo em Gaza", afirmou um porta-voz da Jihad Islâmica Palestina, citado pela Efe, três dias depois da ofensiva israelita sobre Gaza e o lançamento de rockets do grupo sobre Israel.

Durante o dia de hoje, a comunicação social local relatou que os esforços de mediação pelo Egito têm levado a progressos significativos para a implementação de uma cessação das hostilidades para esta noite.

O Egito está a tentar mediar o diálogo entre Israel e a Palestina, para acalmar a situação no enclave palestino, onde as trocas de tiros continuam.

Antes, o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza tinha avisado que os serviços de saúde serão interrompidos dentro de 48 horas, por falta de eletricidade, uma vez que as passagens de fronteira com Israel, incluindo a de Kerem Shalom, por onde o combustível entra, estão fechadas desde terça-feira. Caso tal se concretize, agravar-se-á a crise humanitária enfrentada pelo enclave palestino.

O atual pico de tensão começou na sexta-feira, com uma forte ofensiva israelita contra alvos da Jihad, em Gaza, a antecipar uma retaliação da Jihad, após a prisão, na segunda-feira, de um dos seus líderes, durante um ataque na Cisjordânia ocupada.

Estes são os piores combates em Gaza desde que uma guerra de 11 dias, no ano passado, devastou o território costeiro empobrecido - onde vivem cerca de 2,3 milhões de palestinianos - e forçou os israelitas a procurarem abrigo.

O Egito, intermediário histórico entre Israel e os grupos armados em Gaza, negociou o cessar-fogo que pôs fim a um conflito de 11 dias em maio do ano passado.

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