O jornal norte-americano Wall Street Journal revelou hoje que Donald Trump terá revelado aos seus assessores que concorda com os planos dos Estados Unidos para atacar o Irão, tendo ainda acrescentado que estava a adiar a sua aprovação na esperança de que o governo iraniano abandonasse o seu programa nuclear.
O mesmo jornal cita três fontes diferentes, que acrescentaram que o presidente norte-americano tinha esperança de que a ideia de os Estados Unidos se juntarem a Israel fizesse com que Teerão aceitasse a as exigências que estão em cima da mesa.
Bom dia,
Siga aqui os desenvolvimentos mais relevantes das hostilidades entre os dois países do Médio Oriente, com Israel a reivindicar a morte de vários oficiais superiores do Irão.
Pelo menos 24 pessoas foram mortas em Israel nos bombardeamentos iranianos que se seguiram à ofensiva levada cabo pelo exército israelita na madrugada de 13 de junho, enquanto pelo menos 229 pessoas foram mortas no Irão, onde as forças israelitas continuam a bombardear diferentes partes do país, de acordo com as autoridades dos dois países.
Ao sexto dia da ofensiva militar, o exército israelita anunciou ter atacado durante a noite uma fábrica de centrifugadores nucleares e várias instalações de fabrico de armas em Teerão.
"O exército atacou uma instalação utilizada para fabricar centrifugadoras em Teerão, concebidas para permitir ao regime iraniano acelerar o seu programa de enriquecimento de urânio para fins militares", declarou o exército israelita em comunicado.
De acordo com o comunicado militar, foram também bombardeadas fábricas de armamento, incluindo uma dedicada à produção de matérias-primas e componentes para mísseis terra-terra utilizados em ataques iranianos.
Uma outra instalação que alegadamente produzia mísseis terra-ar destinados a abater aviões foi destruída.
DN/Lusa
O Irão fez saber esta quarta-feira, 18 de junho, que lançou mísseis hipersónicos contra o território israelita, depois de o presidente dos EUA, Donald Trump, ter exigido "rendição incondicional" da república islâmica, noticia a AFP.
A Guarda Revolucionária do Irão referiu, num comunicado emitido pela televisão estatal, que durante uma nova vaga de ataques, durante a última noite, foram usados "mísseis Fattah-1", tendo acrescentado que as forças iranianas "ganharam o controlo total sobre os céus dos territórios ocupados".
Recorde-se que Donald Trump afirmou, na terça-feira, saber “onde se esconde” o líder supremo do Irão, o ‘ayatollah’ Ali Khamenei, mas afastou, “por enquanto”, a decisão de matá-lo.
“Sabemos exatamente onde se esconde o chamado ‘líder supremo’. É um alvo fácil, mas lá ele está seguro. Não vamos eliminá-lo (matá-lo!), pelo menos por enquanto”, afirmou o chefe de Estado norte-americano na sua plataforma Truth Social.
Trump advertiu que não quer “que sejam disparados mísseis contra civis ou soldados norte-americanos” e destacou que “a paciência está a esgotar-se”.
"Dada a situação de segurança e em conformidade com as orientações do Comando da Frente Interna de Israel, a Embaixada dos EUA em Jerusalém estará encerrada" entre esta quarta-feira, 18 de junho, e sexta-feira (20), incluindo "as secções consulares em Jerusalém e Telavive", indicou a representação diplomática norte-americana na rede social X.
Given the security situation and in compliance with Israel Home Front Command guidance, the U.S. Embassy in Jerusalem will be closed tomorrow (Wednesday, June 18) through Friday (June 20). This includes the Consular Sections in Jerusalem and Tel Aviv. There will be no passport… pic.twitter.com/8K9F1MrOPG
— U.S. Embassy Jerusalem (@usembassyjlm) June 18, 2025
“Qualquer intervenção americana seria a receita para uma guerra total na região”, afirmou Esmail Baghaei, um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Irão, em entrevista à Al Jazeera, avança esta quarta-feira, 18 de junho, a AP.
Baghaei foi questionado sobre se achava que os EUA podiam controlar Israel, tendo respondido: “Nem por isso”.
Declarações proferidas após Donald Trump avisar que “a paciência está a esgotar-se” e de ter exigido "rendição incondicional" do Irão.
O embaixador do Irão nas Nações Unidas disse que o país não irá "mostrar qualquer hesitação em defender" o povo iraniano, dando conta que a república islâmica irá responder "de forma séria e forte, sem restrições” aos ataques israelitas.
Ali Bahreini, citado pela Reuters, acusou os EUA de serem "cúmplices" da ofensiva militar israelita.
Disse ainda que um "ataque deliberado às instalações nucleares do Irão não só constitui uma grave violação do direito internacional" e da Carta das Nações Unidas", como também coloca em risco os países vizinhos. "Este não é um ato de guerra contra o nosso país, é uma guerra contra a humanidade", afirmou.
A Agência Internacional de Energia Atómica (IAEA, na sigla em Inglês) revelou esta quarta-feira, 18 de junho, que foram "atingidas duas instalações de produção de centrifugadoras no Irão". Infraestruturas que servirão para o processo de enriquecimento de urânio da república Islâmica.
A agência da ONU refere que foi atingida a TESA Karaj e o Centro de Investigação de Teerão. "Ambos os locais estavam anteriormente sob controlo e verificação da IAEA", no âmbito do acordo nuclear de 2015, indicou numa nota divulgada na rede social X.
"No local de Teerão, foi atingido um edifício onde eram fabricados e testados rotores de centrifugadoras avançadas. Em Karaj, dois edifícios foram destruídos onde diferentes componentes de centrífugas foram fabricados", disse a Agência Internacional de Energia Atómica.
The IAEA has information that two centrifuge production facilities in Iran, the TESA Karaj workshop and the Tehran Research Center, were hit. Both sites were previously under IAEA monitoring and verification as part of the JCPOA.
— IAEA - International Atomic Energy Agency ⚛️ (@iaeaorg) June 18, 2025
O presidente dos EUA exigiu uma "rendição incondicional" do Irão e já obteve a resposta do líder supremo da república islâmica. "A nação iraniana não se renderá”, afirmou, esta quarta-feira, 18 de junho, Ayatollah Ali Khamenei, que considerou o ultimato de Trump "inaceitável".
A posição foi conhecida numa declaração lida por um apresentador televisão iraniana, segundo a Reuters, na qual o líder supremo deixou um aviso aos Estados Unidos, caso decidam intervir no conflito.
"Os americanos devem saber que qualquer intervenção militar dos EUA será, sem dúvida, acompanhada de danos irreparáveis", declarou o líder supremo do Irão.
A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo alertou esta quarta-feira (18 de junho) para os riscos que representam os ataques do exército israelita contra o Irão.
O mundo está a "milímetros de uma catástrofe" devido aos ataques israelitas a instalações nucleares, disse Maria Zakharova, citada pelos media russos, segundo a Sky News.
A informação de que os Estados Unidos e a Rússia têm estabelecido contacto sobre o conflito entre Israel e Irão foi dada esta quarta-feira, 18 de junho, pelo vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Ryabkov, citado pela Interfax, conforme noticia a Reuters.
O mesmo responsável russo já tinha alertado para os riscos de uma possível intervenção dos EUA nas hostilidades, desencadeadas desde a madrugada de 13 de junho.
Ryabkov avisou que uma intervenção militar direta no conflito por parte dos EUA irá desestabilizar de forma drástica a situação que se vive no Médio Oriente. Referiu ainda que Moscovo tem estado em contacto com Israel e Irão.
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, vai presidir esta quarta-feira, 18 de junho, à reunião do comité de emergência, conhecida como Cobra. A segurança no Médio Oriente é o tema em discussão, tendo em conta os último desenvolvimentos no conflito entre Israel e Irão.
Segundo a BBC, um porta-voz do número 10 de Downing Street referiu que a posição do Reino Unido passa pela "necessidade de se regressar à diplomacia”, de modo a que haja um abrandamento das hostilidades.
A reunião do comité de emergência acontece numa altura em que os familiares dos funcionários da embaixada britânica em Telavive e do consulado britânico em Jerusalém foram temporariamente retirados por precaução, ainda segundo a emissora britânica.
Também esta quarta-feira, o chefe da diplomacia britânico pediu aos cidadãos nacionais que se encontram "em Israel e nos territórios palestinianos ocupados" que se registem nos serviços do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido para estarem a par das "atualizações sobre conselhos de viagem".
"A segurança e a proteção dos cidadãos britânicos são a minha principal prioridade", afirmou o ministro David Lammy.
The safety and security of British nationals is my top priority.
— David Lammy (@DavidLammy) June 18, 2025
We are asking all British Nationals in Israel and the Occupied Palestinian Territories to Register their Presence with the FCDO so that we can continue to share Travel Advice updates. pic.twitter.com/tyxTahFw2y
As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) confirmou esta quarta-feira, 18 de junho, que está atacar "alvos militares" em Teerão, segundo a AFP, que reporta explosões no norte e leste da capital iraniana.
A força aérea israelita "está neste momento a atingir alvos militares pertencentes ao regime iraniano em Teerão", declarou o exército israelita, em comunicado.
🔴 The IAF is currently striking military targets belonging to the Iranian Regime in Tehran.
— Israel Defense Forces (@IDF) June 18, 2025
O ministro de Defesa de Israel anunciou esta quarta-feira (18 de junho) que o quartel-general da segurança interna do Irão foi destruído.
De acordo com Israel Katz, um ataque da força aérea israelita atingiu as instalações do que denominou "o braço repressivo do ditador iraniano".
"Como prometemos, continuaremos a atingir os símbolos do poder e a atacar o regime dos ayatollah em todo o lado", disse o ministro israelita, citado pela Sky News.
"O tornado continua a atingir Teerão", acrescentou Israel Katz.
Num evento esta quarta-feira, 18 de junho, na Casa Branca, Donald Trump evitou responder a perguntas sobre o possível envolvimento dos EUA nos ataques ao Irão.
"Não posso dizer isso", afirmou o presidente norte-americano. "Posso fazer isto, posso não fazer. Ninguém sabe o que quero fazer. Mas posso dizer o seguinte: o Irão está em muitos problemas e quer negociar."
“Há uma grande diferença entre agora e há uma semana”, referiu ainda.
Trump disse também que os negociadores iranianos sugeriram que "podem vir à Casa Branca", algo que considera ser difícil, acrescentando que os iranianos têm "más intenções" com o programa nuclear do país.
"Duas palavras muito simples: rendição incondicional", voltou a dizer Trump, repetindo a ideia que tinha transmitido no dia anterior numa mensagem que publicou na plataforma Truth Social.
O NetBlocks, grupo que monitoriza as interferências na internet causadas por governos, informou que o Irão estava "no meio de um apagão nacional quase total da internet".
"O incidente ocorre após uma série de interrupções parciais anteriores e ocorre no meio da escalada das tensões militares com Israel após dias de ataques de mísseis", afirmou o grupo no X.
⚠️ Confirmed: Live network data show #Iran is now in the midst of a near-total national internet blackout; the incident follows a series of earlier partial disruptions and comes amid escalating military tensions with Israel after days of back-and-forth missile strikes 📉 pic.twitter.com/Iu598aIMRJ
— NetBlocks (@netblocks) June 18, 2025
O secretário da Defesa norte-americano afirmou esta quarta-feira que as Forças Armadas dos EUA estão "preparadas para executar" qualquer decisão que o presidente Donald Trump possa tomar em matéria de guerra e paz, recusando dizer, porém, os preparativos para as opções de ataque ao Irão.
"Se e quando estas decisões forem tomadas, o Departamento [de Defesa] estará preparado para as executar", declarou Pete Hegseth numa audição na Comissão dos Serviços Armados do Senado.
A missão diplomática do Irão junto das Nações Unidas desmentiu esta quarta-feira à tarde as declarações feitas um pouco antes por Donald Trump, que afirmou que os negociadores iranianos desejam visitar a Casa Branca.
"Nenhuma autoridade iraniana pediu para rastejar até aos portões da Casa Branca", afirmou a representação iraniana no X.
"A única coisa mais desprezível do que as suas mentiras é a sua ameaça cobarde de 'eliminar' o Líder Supremo do Irão", pode ler-se na mesma a publicação, que sublinha que Teerão não negoceia "sob coação" e responderá a qualquer ameaça com uma contra-ameaça e a qualquer ação com medidas recíprocas.
No Iranian official has ever asked to grovel at the gates of the White House. The only thing more despicable than his lies is his cowardly threat to “take out” Iran’s Supreme Leader.
— I.R.IRAN Mission to UN, NY (@Iran_UN) June 18, 2025
Iran does NOT negotiate under duress, shall NOT accept peace under duress, and certainly NOT…
Vladimir Putin confirmou a disponibilidade da Rússia para mediar um diálogo entre o Irão e Israel num telefonema com o líder dos Emirados Árabes Unidos, Mohammed bin Zayed Al Nahyan.
De acordo com um comunicado do Kremlin, nesta conversa o presidente russo "confirmou que a Rússia está disposta a fornecer mediação com o objetivo de promover o diálogo entre as partes em conflito. Além disso, notificou o seu homólogo sobre contactos mantidos com vários líderes estrangeiros para discutir a questão."
"Houve uma troca de opiniões sobre a rápida escalada no Médio Oriente. Ambas as partes manifestaram profunda preocupação com a contínua escalada do conflito entre o Irão e Israel, repleto de consequências adversas para toda a região. Enfatizaram a necessidade de cessar as hostilidades e intensificar os esforços políticos e diplomáticos para resolver as divergências relacionadas com o programa nuclear iraniano", pode ler-se no mesmo documento divulgado pela presidência russa.
Os Estados Unidos estão a trabalhar para retirar os cidadãos norte-americanos de Israel, organizando voos e partidas de navios de cruzeiro, informou esta quarta-feira o embaixador norte-americano Mike Huckabee numa publicação no X.
Mike Huckabee pediu aos norte-americanos em Israel para que se registem para receber atualizações através do programa Smart Traveler do Departamento de Estado norte-americano.
Urgent notice! American citizens wanting to leave Israel- US Embassy in Israel @usembassyjlm is working on evacuation flights & cruise ship departures.
— Ambassador Mike Huckabee (@GovMikeHuckabee) June 18, 2025
You must enroll in the Smart Traveler Enrollment Program (STEP) (https://t.co/rXymPRTQJJ) You will be alerted w/ updates.
O antigo Presidente da República Ramalho Eanes solidarizou-se esta quarta-feira com “as posições de repúdio” das operações israelitas em Gaza e na Cisjordânia, causando a “destruição generalizada do território, fome, desespero e milhares de mortos”.
“Não posso deixar de me solidarizar com a posição de repúdio das operações militares e policiais desencadeadas em Gaza e na Cisjordânia, pelas autoridades israelitas, provocando a destruição generalizada do território, fome, desespero e milhares de mortos – incluindo crianças –, de feridos e de presos políticos”, afirmou o antigo chefe de Estado (1976-1986), num comunicado enviado à agência Lusa.
Na mesma nota, Ramalho Eanes justifica ter recusado assinar uma petição de repúdio ao “genocídio em Gaza” e a favor da criação do Estado da Palestina, subscrita por “personalidades agraciadas com a Ordem da Liberdade”, com o facto de ser membro do Conselho de Estado e, por isso, entender que não deve "'aconselhar' publicamente o Presidente da República, mas, tão-só, em sede própria”.
“Desde que deixei de exercer funções de Presidente da República, decidi não assinar quaisquer petições coletivas, por serem muitas e variadas, tomando, em alternativa, uma posição pública individual, quando entendia dever fazê-lo”, referiu ainda.
O Presidente Marcelo Rebelo de Sousa condecorou Ramalho Eanes com o grande-colar da Ordem Militar de Avis, durante a cerimónia do 10 de Junho, sendo a primeira vez que foi atribuída esta distinção, o mais alto grau desta ordem militar.
O general Ramalho Eanes foi o primeiro Presidente da República eleito por sufrágio universal em democracia, nas presidenciais de 1976, e cumpriu dois mandatos na chefia do Estado, até 1986.
Um grupo de 64 membros condecorados com a Ordem da Liberdade, entre os quais Vasco Lourenço e Pacheco Pereira, instaram na segunda-feira o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a apoiar o reconhecimento de Portugal do Estado da Palestina.
Num comunicado, o grupo de galardoados com a distinção atribuída a figuras que se destacaram pelas suas ações em prol da liberdade, exige ao Presidente que “assuma uma posição inequívoca de condenação da política do Estado de Israel em relação à Palestina e de apoio ao reconhecimento imediato por Portugal do Estado da Palestina”.
Entre um e três aviões associados com o Governo iraniano aterraram em Omã esta tarde, de acordo com registos de voos citados por vários media.
Segundo a Al-Jazeera, dois aviões registados com o Governo de Irão aterraram na capital de Omã, além de um terceiro avião privado da Meraj Arilines.
O The Times of Israel diz mesmo que um dos aviões é o presidencial.
Teerão não anunciou qualquer visita oficial a Omã, mas o país serviu de mediador nas negociações sobre o nuclear entre os EUA e o Irão - uma nova ronda estava prevista para domingo, mas foi cancelada após o início dos bombardeamentos.
Os analistas acreditam que possam ser os negociadores a caminho do diálogo sobre um eventual cessar-fogo.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, disse em comunicado continuar "profundamente alarmado" com o conflito entre Israel e o Irão", pedindo uma "desescalada imediata" e apelando "veementemente" a que se evite "qualquer internacionalização adicional do conflito".
"Quaisquer intervenções militares adicionais poderão ter consequências enormes, não só para os envolvidos, mas para toda a região e para a paz e segurança internacionais em geral", indicou.
Guterres disse ainda condenar a "trágica e desnecessária perda de vidas" e os danos em infraestruturas civis.
"A diplomacia continua a ser a melhor e única forma de abordar as preocupações relacionadas com o programa nuclear do Irão e as questões de segurança regional", acrescentou, lembrando que a Carta da ONU "continua a ser a nossa estrutura partilhada para salvar as pessoas do flagelo da guerra".
Várias pessoas ficaram feridas na sequência de um ataque de Israel à sede da polícia nacional do Irão.
A notícia foi avançada pela agência de notícias estatal iraniana IRNA, referindo que vários edifícios perto da sede do Comando Nacional de Aplicação da Lei do Irão foram alvos.
Israel Katz, ministro da Defesa israelita, tinha afirmado que o seu país tinha “destruído” a sede da “segurança pública” do Irão, numa operação em que os caças da Força Aérea "destruíram a sede da segurança pública do regime — o principal braço opressor do ditador iraniano".
Donald Trump revelou hoje, na Casa Branca, que o Irão quer reunir-se com os Estados Unidos e, nesse sentido, admitiu que está disponível para conversar.
O presidente dos EUA reconheceu que os ataques de Israel ao Irão foram "devastadores". "É uma coisa terrível. Odeio ver tanta morte, tanta morte e destruição", disse.
Trump acrescentou que Israel está a sair-se bem nos ataques que tem feito para desmantelar as instalações nucleares do Irão e acredita que as autoridades iranianas estariam a poucas semanas de ter uma arma nuclear.
Trump assumiu ter "ideias sobre o que fazer" neste conflito, mas disse gostar de "tomar uma decisão final um segundo antes de ela chegar", lembrando que os aliados dos EUA não querem ver o Irão com uma uma arma nuclear.
As Forças de Defesa de Israel (IDF) afirmaram hoje ter atacado mais de 20 alvos militares em Teerão, incluindo de projetos de desenvolvimento de armas nucleares e de produção de mísseis.
“Nas últimas horas, 60 caças da IAF (Força Aérea), sob a direção precisa da Direção de Informações das FDI, atingiram mais de 20 alvos militares em Teerão”, afirmaram as forças israelitas em comunicado publicado no Telegram.
“Como parte do amplo esforço para operar contra o projeto de desenvolvimento de armas nucleares do Irão, [foram atacados] locais de produção de armas, locais de produção de centrifugadoras [nucleares], bem como locais de investigação e desenvolvimento do projeto de desenvolvimento de armas nucleares do regime iraniano”, adiantaram.
Segundo as IDF, estes locais permitem ao regime iraniano “expandir a escala e o ritmo do seu objetivo de enriquecimento de urânio para o desenvolvimento de armas nucleares”.
“O regime iraniano enriquece urânio muito acima do nível necessário para uso civil, com ênfase no enriquecimento a níveis elevados. O regime iraniano utilizou o vasto território do Irão e estabeleceu os seus locais de produção em diversas áreas espalhadas por todo o país, de forma a manter o funcionamento contínuo da indústria”, adiantam as IDF.
Os alvos israelitas, desde o início dos ataques na passada sexta-feira, incluem fábricas que produzem matérias-primas e componentes para a montagem de mísseis, bem como locais para a produção de sistemas de defesa aérea do Irão.
Num outro comunicado, as IDF afirmaram ter atacado um local de produção de mísseis antitanque no Irão, usado para armar o Hezbollah, movimento armado libanês apoiado pelo regime iraniano.
O alvo, adiantaram, foi um local utilizado para a produção de mísseis que foram “transferidos pelo regime iraniano para os seus agentes através de países estrangeiros, com o objetivo de realizar atividades terroristas contra o Estado de Israel”.
“Nos últimos anos, centenas de mísseis produzidos pelo regime iraniano foram transferidos para a organização terrorista Hezbollah. Desde o início da guerra, o Hezbollah lançou centenas de mísseis antitanque contra Israel, ferindo e matando inúmeros civis e soldados”, adiantam as IDF.
Israel lançou um ataque contra o Irão na sexta-feira, 13 de junho, alegando ter informações de que Teerão se aproximava do “ponto de não retorno” para obter uma bomba atómica.
O Irão, que nega ter construído armas nucleares, ripostou com o lançamento de mísseis e drones contra várias cidades israelitas, cujas autoridades admitiram que os ataques causaram pelo menos 24 mortos.
Durante o dia, o Governo israelita reivindicou a destruição da sede de segurança interna do Irão, que descreveu como "o principal braço repressivo do ditador iraniano", referindo-se ao líder supremo, Ali Khamenei.
O ministro da Defesa israelita, Israel Katz, afirmou que as forças do país vão continuar a atingir "os símbolos do poder e a atacar o regime dos ‘ayatollahs’ em todo o lado", de acordo com um comunicado.
A TV estatal Press TV mostrou imagens do edifício do Crescente Vermelho Iraniano (IRCS) com fumo e uma fotografia que apresenta a entrada bastante danificada.
Outras explosões foram relatadas em bairros residenciais no leste e nordeste da capital.
O órgão de comunicação social Iran Nuances, que se apresenta como independente, noticiou que Israel também alvejou áreas próximas do Aeroporto de Payam, localizado nos arredores de Karaj, uma cidade perto de Teerão.
As partes continuaram hoje o lançamento de vagas de ataques, no sexto dia desde que o Exército israelita iniciou uma operação em grande escala em território iraniano, que resultou em mais de 200 mortes no Irão, incluindo membros das forças armadas e da liderança militar e de segurança do Irão.
Lusa
A estação de televisão estatal iraniana alertou que foi alvo de um hacker, por ter sido introduzido na sua emissão um clipe a convocar os iranianos para se levantarem contra o governo, imagens que terão sido vistas por quem assistia ao canal via satélite.
“Se notar mensagens irrelevantes enquanto assiste televisão, é porque o inimigo está a bloquear os sinais de satélite”, disse a estação em comunicado.
O vídeo, que já foi partilhado nas redes sociais, acusava o regime iraniano de "falhar" para com o seu povo e pedia aos espectadores que "assumissem o controlo do seu futuro".
A origem do vídeo e o alegado hacker são para já desconhecidos.
O vídeo mostrou imagens de altos comandantes iranianos foram mortos durante os ataques de Israel de 13 de junho, além de outras imagens dos protestos de 2022, na sequência da morte de uma jovem que estava detida pela polícia, alegadamente devido ao uso inadequado do hijab.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas agendou para sexta-feira uma reunião sobre o conflito entre Israel e o Irão, a pedido de Teerão, anunciou a presidência deste órgão.
Segundo fonte diplomática citada pela AFP, a nova reunião, agendada para sexta-feira às 10h00 locais (15h00 de Portugal continental), foi solicitada pelo Irão, um pedido apoiado pela Rússia, China e Paquistão.
Presidido este mês pela Guiana, o Conselho de Segurança realizou uma reunião de emergência na semana passada, logo após Israel atacar o Irão em 13 de junho.
Israel justificou o ataque alegando ter informações de que Teerão se aproximava do “ponto de não retorno” para obter uma bomba atómica, que poderia usar para destruir o estado judaico.
O Irão, que nega ter construído armas nucleares, ripostou com o lançamento de mísseis e ‘drones’ contra várias cidades israelitas, cujas autoridades admitiram que os ataques causaram pelo menos 24 mortos.
Nas últimas horas, os Estados Unidos estão a ponderar um conjunto de ações que poderão representar a entrada no conflito entre Israel e o Irão.
O secretário da Defesa norte-americano, Pete Hegseth, revelou hoje que o Pentágono (Departamento de Defesa) já sugeriu à Casa Branca (presidência) possíveis opções de intervenção no Irão, mas não confirmou a hipótese de um auxílio militar nos ataques israelitas.
Também hoje, o Presidente norte-americano, Donald Trump, voltou a não dizer se decidiu ordenar um ataque dos Estados Unidos ao Irão - uma atitude que Teerão avisou que seria recebida com duras retaliações.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou hoje contra “qualquer intervenção militar adicional” no conflito entre o Irão e Israel, que teria "enormes consequências" para toda a região.
“Apelo veementemente a todos para que evitem qualquer internacionalização adicional do conflito”, instou Guterres numa declaração lida pelo seu porta-voz, que especificou que a internacionalização significava "mais países envolvidos" no conflito, sem nomear nenhum Estado especificamente.
Guterres admitiu continuar “profundamente alarmado” com a escalada militar em curso no Médio Oriente devido ao conflito entre Israel e o Irão e reiterou o apelo para uma redução imediata da escalada, que conduza a um cessar-fogo.
“Qualquer intervenção militar adicional poderá ter consequências enormes, não só para os envolvidos, mas para toda a região e para a paz e segurança internacionais em geral”, advertiu o líder da ONU na mesma nota.
O ex-primeiro-ministro português condenou ainda o que considera ser uma “trágica e desnecessária” perda de vidas e ferimentos de civis, assim como os danos em casas e infraestruturas civis classificadas como essenciais.
Para Guterres, a diplomacia continua a ser a melhor e única forma de abordar as preocupações relacionadas com o programa nuclear do Irão e as questões de segurança regional.
“A Carta da ONU continua a ser a nossa estrutura partilhada para salvar as pessoas do flagelo da guerra. Exorto todos os Estados-membros a cumprirem integralmente a Carta e o direito internacional, incluindo o direito internacional humanitário”, concluiu.
Israel acaba de anunciar que mísseis lançados pelo Ião estão a caminho do seu território.
Os EUA já iniciaram a retirada dos seus diplomatas não essenciais e as respetivas famílias da sua embaixada em Israel.
De acordo com a Associated Press, estes diplomatas foram retirados num avião, algo que aconteceu depois de o embaixador Mike Huckabee ter utilizado as redes sociais para anunciar que estavam a ser planeadas evacuações de avião e através de navios.
As autoridades israelitas anunciaram que os mísseis lançados esta noite pelo Irão foram intercetados, pelo que não há indicações de estragos nos territórios israelitas.
O presidente russo Vladimir Putin defendeu hoje que os ataques israelitas a Teerão apenas "consolidam" o apoio da população iraniana à República Islâmica, e argumentou que pode ser negociada uma "solução" vantajosa para ambas as partes.
"Neste momento, vemos que no Irão (...) há, no entanto, uma consolidação da sociedade em torno dos líderes políticos do país", acrescentou Putin numa mesa redonda com editores de agências internacionais, no âmbito do Fórum Internacional de São Petersburgo.
"Esta é uma questão delicada e, claro, devemos ser muito cautelosos, mas, na minha opinião, no geral, pode ser encontrada uma solução", disse o presidente russo sobre um possível desfecho diplomático, sustentando ainda o direito da República Islâmica do Irão a um programa nuclear civil e os interesses de segurança do Estado judaico.
Diplomatas europeus de alto nível vão realizar conversações nucleares com o Irão em Genebra, na sexta-feira, de acordo com a agência de notícias norte-americana AP que contactou um funcionário europeu "familiarizado com o assunto".
O funcionário, que não estava autorizado a comentar publicamente e pediu anonimato, segundo a AP, disse que "altos funcionários" de Alemanha, França e Reino Unido, assim como "o principal diplomata" da União Europeia se reunirão na Suíça.
Também o Conselho de Segurança das Nações Unidas agendou para sexta-feira uma reunião sobre o conflito entre Israel e o Irão, a pedido de Teerão, anunciou a presidência deste órgão.
Lusa