A Comissão Europeia saudou, esta sexta-feira, a adoção pelo Conselho de um 13.º pacote de sanções contra a Rússia, que “visa limitar ainda mais o acesso da Rússia a tecnologias militares”. Bruxelas coloca também na nova lista um conjunto de “empresas e indivíduos envolvidos no esforço de guerra da Rússia”. .Com o objetivo de incluir os parceiros do esforço de guerra da Rússia no espectro das sanções europeias, Bruxelas coloca na lista o ministro norte-coreano da Defesa e vários indivíduos bielorrussos, uma vez que considera que são responsáveis pela ajuda às forças armadas russas..A nova listagem inclui 10 referências a empresas e indivíduos russos envolvidos no envio para Moscovo de armamento a partir da Coreia do Norte. .Também foi inscrita na lista de sanções uma empresa russa de logística e o respectivo CEO, por estarem envolvidos em importações paralelas de bens sancionados. A comissão europeia considera que esta empresa tem sido determinante a ajudar Moscovo a contornar a sanções europeias..Bruxelas inclui seis juízes e 10 funcionários dos territórios ocupados da Ucrânia, e também 15 indivíduos e 2 entidades que considera envolvidos na transferência forçada e na deportação e doutrinamento militar de crianças ucranianas, incluindo em território Bielorrússia..Mas o pacote de sanções visa essencialmente o setor militar e de defesa da Rússia e as novas listagens incluem mais de 140 referências entre empresas e indivíduos, ligados ao complexo militar e industrial russo. .O objetivo de Bruxelas é limitar o fabrico de mísseis, drones, sistemas de mísseis antiaéreos, viaturas militares, e componentes de alta tecnologia destinados à produção de armamento e outros equipamentos militares..São quase duas centenas de novas referências, incluindo um total de 106 indivíduos e 88 entidades, com ligações ao Kremlin. .“Este pacote aprofunda as ações para impedir a Rússia de adquirir tecnologias ocidentais sensíveis para o exército russo”, refere a Comissão Europeia, referindo o que diz serem “evidências concretas de várias fontes, apoiadas por dados comerciais e aduaneiros”, que levaram a comissão a “adicionar 27 empresas russas e de terceiros países à lista de entidades associadas ao complexo militar-industrial da Rússia”..Bruxelas detalha que “17 empresas russas são envolvidas no desenvolvimento, produção e fornecimento de componentes eletrônicos, particularmente usados na produção de drones” e “quatro empresas registradas na China e uma em cada Cazaquistão, Índia, Sérvia, Tailândia, Sri Lanka e Turquia, também comercializando na área de componentes eletrónicos, incluindo de origem da UE”..Bruxelas salienta que “com este novo pacote, o número de listagens individuais ultrapassou 2000, “provocando um grande golpe àqueles que possibilitam a guerra ilegal da Rússia contra a Ucrânia”.