Gabinete de Segurança de Netanyahu aprova assumir controlo da cidade de Gaza e 5 princípios para fim da guerra

Após mais de dez horas de reunião, o Gabinete de Segurança de Benjamin Netanyahu aprovou o plano do primeiro-ministro para "derrotar o Hamas". Mas o que é que isso significa?

Segundo um comunicado do gabinete do primeiro-ministro, as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) "vão preparar-se para assumir o controlo da cidade de Gaza, enquanto distribuem assistência humanitária para a população civil fora das zonas de combate".

Segundo os media israelitas, os palestinianos terão dois meses para deixar a cidade de Gaza - o prazo coincide com o segundo aniversário do ataque do Hamas. A operação das IDF começará depois na cidade, antes de avançar para o resto do enclave.

Numa votação por maioria (não por unanimidade), o Gabinete de Segurança decidiu ainda adotar "cinco princípios para o fim da guerra".

São eles:

- "o desarmamento do Hamas;

- o regresso de todos os reféns - os vivos e os mortos;

- a desmilitarização da Faixa de Gaza;

- Israel assumir o controlo de segurança na Faixa de Gaza;

- o estabelecimento de uma administração civil alternativa que não é nem do Hamas nem da Autoridade Palestiniana."

Ainda de acordo com o comunicado, "uma maioria decisiva dos ministros do Gabinete de Segurança acreditava que o plano alternativo que tinha sido submetido ao Gabinete de Segurança não conseguiria a derrota do Hamas nem o regresso dos reféns."

Esse plano alternativo terá sido apresentado pelo chefe do Estado-maior das IDF, o tenente-general Eyal Zamir, que expressou no encontro a oposição à proposta de Netanyahu de assumir o controlo total da Faixa de Gaza.

"As vidas dos reféns ficarão em perigo se avançarmos com este plano de ocupar Gaza. Não há forma de garantir que não os vamos magoar. As nossas forças estão cansadas, as nossas ferramentas militares precisam de manutenção", terá dito durante a reunião, segundo o Canal 12 da televisão israelita.