A Cimeira do G7 em Kananaskis, nas Montanhas Rochosas do Canadá, terminou esta terça-feira, dia 17 de junho, após dois dias de conversações "francas e abertas" sobre o estado da economia mundial e os conflitos na Ucrânia e no Médio Oriente.Perante a inexistência de um comunicado final conjunto, que demonstre um consenso sobre questões fundamentais com os Estados Unidos, o primeiro-ministro canadiano Mark Carney, anfitrião da 51ª cimeira do grupo das sete nações mais industrializadas do mundo, esforçou-se, durante a conferência de imprensa final, por dissipar as dúvidas dos meios de comunicação social sobre o nível de consenso que existiu com o Presidente dos EUA, Donald Trump, durante os dois dias da cimeira, sobre questões como o conflito na Ucrânia.Carney foi confrontado com várias perguntas sobre as razões da ausência de uma declaração conjunta sobre a Ucrânia, sobretudo depois de G7 ter emitido, na segunda-feira à noite, um texto sobre o conflito no Médio Oriente, no qual o grupo manifestava apoio incondicional a Israel e culpava o Irão pela guerra."Não houve nenhum problema [com o Presidente Trump]. Temos uma declaração, a do presidente do G7. Claro que ontem à noite houve uma série de acontecimentos trágicos no Médio Oriente, por isso era mais importante emitir uma declaração do G7 sobre isso", justificou Carney.Confrontado com a insistência dos meios de comunicação social, o primeiro-ministro canadiano negou repetidamente que a pressão dos Estados Unidos tenha sido a razão pela qual a Ucrânia não recebeu o mesmo tratamento que Israel."Os Estados Unidos apoiaram-no. Os líderes expressaram o seu apoio ao Presidente Trump pelos seus esforços", repetiu Carney, referindo-se à declaração do presidente do G7, emitida no final da cimeira, em vez do tradicional comunicado conjunto.A declaração do presidente do G7, redigida por Carney, refere que os líderes do grupo "expressaram o seu apoio aos esforços do Presidente Trump para alcançar uma paz justa e duradoura na Ucrânia. Reconheceram que a Ucrânia se comprometeu com um cessar-fogo incondicional e concordaram que a Rússia precisa de fazer o mesmo"."Os líderes do G7 estão determinados a explorar todas as opções para exercer a máxima pressão sobre a Rússia, incluindo sanções financeiras", acrescenta o texto.Mas o regresso antecipado e inesperado de Trump a Washington, depois de apenas um dia de trabalho em Kananaskis e poucas horas antes da reunião agendada com o Presidente ucraniano, Volodymir Zelensky, pouco convenceu muitos meios de comunicação social.O mesmo aconteceu com a saída antecipada de Zelensky da cimeira, apenas algumas horas após a sua chegada.No que diz respeito à situação no Médio Oriente, a declaração do presidente do G7 refere que os líderes do grupo reafirmaram o "direito de autodefesa" de Israel, o compromisso de que o Irão nunca adquirirá armas nucleares e associaram o desanuviamento do conflito entre Telavive e Teerão a um cessar-fogo na Faixa de Gaza.A declaração de Carney refere ainda a "importância de relações construtivas e estáveis com a China", apelando ao gigante asiático para que evite "distorções do mercado e excesso de capacidade prejudicial"."Os líderes discutiram as preocupações contínuas sobre as atividades desestabilizadoras da China nos mares da China Oriental e do Sul, bem como a importância de manter a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan", refere o texto..Trump disse a assessores que concorda com os planos dos EUA para atacar o Irão.Mortos nos ataques russos a Kiev sobe para 23. Cidade declara dia de luto