Primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau
Primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau EPA/KITH SEREY

Fim de linha: Trudeau anuncia a demissão

Primeiro-ministro canadiano não resiste a uma crise agravada no mês passado com o bater da porta da vice-primeira-ministra.
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Justin Trudeau anunciou que vai deixar de ser líder do Partido Liberal, mantendo-se como chefe do governo até ser encontrada uma nova liderança. "Tive longas conversas com a minha família. Ontem à noite, ao jantar, disse aos meus filhos o que vos estou a dizer: pretendo demitir-me como líder do Partido Liberal e de primeiro-ministro", disse à porta da sua casa, em Rideau Cottage, Otava.

Eleito primeiro-ministro do Canadá pela primeira vez em outubro de 2015, Trudeau -- um pouco à imagem do que sucedeu com Joe Biden nos Estados Unidos -- está a pagar a insatisfação popular relacionada com a inflação, mas no Canadá agravada com uma crise na habitação e com os serviços públicos.

As eleições intercalares realizadas no ano passado foram um sério aviso. Mas a crise política agravou-se em dezembro com a demissão da vice-primeira-ministra e ministra das Finanças Chrystia Freeland. Isto numa altura em que os liberais entraram em desacordo sobre a forma como gerir a anunciada guerra de tarifas por parte de Donald Trump. Trudeau deslocou-se à residência do futuro presidente dos EUA, para este depois o destratar, como ao seu país: disse ter tido o prazer de jantar com o "governador Justin Trudeau do grande estado do Canadá".

Nos últimos dias, alguns círculos eleitorais do partido e mais de 20 deputados pediram a demissão de Trudeau.

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