As eleições na Galiza, marcadas para dia 18, são a primeira prova de fogo do líder do PP depois de em julho ter conseguido ser o mais votado mas falhado o objetivo de formar governo e tornar-se primeiro-ministro. O galego Alberto Feijóo está a jogar em casa e num terreno que bem conhece (liderou a Galiza entre 2009 e 2022) e as sondagens dão a vitória ao candidato do PP, e atual presidente da Xunta, Alfonso Rueda, mas, mesmo assim descreveu como “chave” a campanha que começou esta sexta-feira. .“Estamos a disputar o governo da Xunta”, afirmou Feijóo. “Queremos continuar com um governo estável, com um governo que não tenha problemas, que não crie problemas às pessoas e que não divida a sociedade”, acrescentou..Falando para os galegos, mas também para a generalidade dos espanhóis, o líder do PP fez notar que “existem dois modelos possíveis, o modelo da Galiza e o modelo de Sánchez”, sublinhando que o modelo galego “funciona” e é “admirado por outras comunidades”..“O modelo de Sanchez é o modelo do engano (...). É o modelo de depender das minorias para que as maiorias tenham que pedir desculpas por serem a maioria. É o modelo onde o perdedor governa, é o modelo onde as dívidas aumentam exponencialmente”, prosseguiu Feijóo, garantindo ainda que “a Galiza não está interessada neste modelo, não está interessada nas minorias radicais”..Todas as sondagens, menos a do CIS, dão maioria absoluta ao PP e um reforço do BNG como segunda maior força política na Galiza, seguido do PSOE, mesmo assim os populares foram protagonistas de uma espécie de falso tiro de partida neste primeiro dia de campanha, quando Alfonso Rueda faltou ao debate inaugural entre os candidatos das três principais forças políticas, algo que foi muito criticado. O seu lugar foi ocupado pelo líder parlamentar do PP na Galiza, Alberto Pazos..Ana Pontón, do BNG, a ausência de Rueda representou “uma falta de respeito para com os cidadãos”, enquanto que José Ramón Gómez Besteiro, do PSOE, esta atitude representa “o principal problema da Galiza é um governo ausente, como hoje aconteceu com Alfonso Rueda”. “A agenda de um presidente candidato é sempre muito complicada”, justificou Pazos. Talvez como resultado da ausência de Rueda, Pontón e Besteiro acabaram por passar grande parte do debate como uma frente unida contra o representante do PP. O tema da Saúde foi um desses momentos - a candidata nacionalista acusou os populares de “passarem demasiado tempo instalados em de propaganda”, chamando a atenção para a falta de médicos, os tempos de espera para uma consulta nos cuidados primários e o encerramento de escolas em áreas rurais, e Besteiro a rematar dizendo “que os cuidados primários não são uma bandeira que o PP podem exibir todos os galegos o sabem”. .No chamado “minuto de ouro” do final do debate, o candidato do PSOE disse que o seu partido “representa a experiência do governo” e Ana Pontón preferiu apelar à eleição da primeira mulher para liderar a Galiza, dizendo ser a “candidata de uma maioria social que quer mudança”. Já Pazos pediu aos galegos que voltem a confiar em Alfonso Rueda. .ana.meireles@dn.pt