Tanques na fronteira entre Israel e Gaza.
Tanques na fronteira entre Israel e Gaza.EFE/EPA/ATEF SAFADI

Exército israelita prevê meses de combates para tomar controlo da cidade de Gaza

Forças de Israel iniciaram nova invasão terrestre e dizem já controlar zonas da cidade no mesmo dia em que a ONU dá indícios de genocídio por parte dos israelitas; Hamas fala em "limpeza étnica".
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O Exército israelita estima que levará “vários meses” a conquistar completamente a cidade de Gaza. A informação foi avançada esta terça-feira, 16 de setembro, pelo porta-voz militar Effie Defrin, após o início de mais uma invasão terrestre acompanhada por intensos bombardeamentos na cidade.

As declarações foram feitas durante uma conferência de imprensa online, segundo relatou a agência EFE.

Calculamos que tomar o controlo da cidade e dos seus centros de gravidade levará vários meses; e mais alguns meses até que esteja completamente destruída, ou talvez ainda mais”, afirmou Defrin. O porta-voz sublinhou que a operação continuará até serem atingidos “os objetivos da guerra”.

Israel afirma já ter conquistado “amplas zonas” da cidade de Gaza, depois de mais de cinco semanas de ataques consecutivos. A ofensiva terrestre começou durante esta madrugada, com bombardeamentos lançados por drones e helicópteros, levando à fuga de milhares de pessoas para o sul do território.

Já sobre os 48 reféns que permanecem detidos na Faixa de Gaza, Defrin garantiu que os militares receberam ordens para evitar causar danos aos mesmos “na medida do possível”. “Estamos a tomar todas as medidas, incluindo recursos de inteligência, sem poupar esforços para compreender a situação”, acrescentou.

Mesmo com as declarações de Defrin, familiares dos reféns iniciaram uma nova vigília diante da residência do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, pedindo que pare de “sacrificar” os israelitas capturados no 7 de outubro.

Pelo lado palestiniano, o Hamas classificou o avanço das tropas israelitas como uma “limpeza étnica”. A acusação, lembra a EFE, coincide com a conclusão de uma comissão de inquérito da ONU, que apontou indícios de genocídio cometido por Israel na Faixa de Gaza.

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