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EUA reforçam restrições ao investimento chinês em setores estratégicos

A Casa Branca acusa "certos adversários estrangeiros", incluindo a China, de investir em empresas do país para "obter tecnologias avançadas e propriedade intelectual".
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O presidente norte-americano, Donald Trump, assinou na sexta-feira à noite um memorando destinado a travar o investimento chinês em setores estratégicos dos EUA, incluindo tecnologia e infraestruturas críticas.

O memorando tem como objetivo "promover o investimento estrangeiro e, ao mesmo tempo, proteger os interesses de segurança nacional dos Estados Unidos, em particular contra as ameaças colocadas por adversários estrangeiros como a China", lê-se num comunicado publicado no 'website' da Casa Branca.

A administração norte-americana acusa Pequim de explorar cada vez mais os recursos norte-americanos para "modernizar as suas operações militares, de inteligência e de segurança".

A Casa Branca acusa ainda "certos adversários estrangeiros", incluindo a China, de investir em empresas do país para "obter tecnologias avançadas e propriedade intelectual".

Donald Trump tenciona pedir à Comissão para o Investimento Estrangeiro nos Estados Unidos (CFIUS) que "restrinja o investimento chinês em setores estratégicos norte-americanos, como tecnologia, infraestruturas críticas, saúde, agricultura, energia, matérias-primas e outros", acrescenta-se no comunicado da Casa Branca.

A CFIUS é um painel com a função de avaliar o impacto das aquisições de empresas dos EUA por estrangeiros na segurança nacional do país.

"O Presidente Trump está a cumprir a promessa de impedir que os adversários estrangeiros tirem partido dos Estados Unidos", refere-se.

A decisão surge numa altura de tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo.

No início de fevereiro, Donald Trump impôs taxas aduaneiras de 10%, além das já existentes, sobre os produtos provenientes da China, mas na quarta-feira afirmou que um acordo comercial com Pequim "é possível".

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