A empresa de direitos musicais BMG está a romper a ligação com o cofundador dos Pink Floyd, Roger Waters, devido a comentários que o músico fez sobre Israel, Ucrânia e Estados Unidos, avançou esta segunda-feira a Variety..A firma sediada na Alemanha havia assinado um contrato de publicação com o músico em 2016 e deveria lançar uma versão recém-gravada do álbum Dark Side of the Moon, dos Pink Floyd, no ano passado, mas cancelou o lançamento após a contratação de Thomas Coesfeld para o cargo de CEO. O lançamento haveria de ser promovido pela Cooking Vinyl, sediada no Reino Unido..Esta separação é a mais recente consequência da retórica de Waters sobre Israel, que alguns apontaram como sendo antissemita..No ano passado, a estrela de rock utilizou em palco, em Berlim, um traje com “estilo nazi”, o que motivou uma investigação da polícia alemã, meses depois de ter vencido uma batalha judicial que lhe permitiu tocar em Frankfurt, depois de juízes da cidade alemã terem recomendado o cancelamento do concerto e acusado o músico de ser “um dos antissemitas mais conhecidos do mundo”. .Uma investigação promovida pela Campanha Contra o Antissemitismo (CAA), na qual foram entrevistados ex-colegas de trabalho de Waters, concluiu que o músico fazia repetidas referências depreciativas sobre o povo judeu, tendo chegado a propor que nos seus espetáculos existisse um porco insuflável flutuante com um slogan antissemita inscrito e sugerido “bombardear” o público com confettis em forma de suásticas, estrelas de David e outros símbolos..Waters sempre negou as acusações de antissemitismo.