Parlamento controlado por Orbán diz que o evento é prejudicial para as crianças.
Parlamento controlado por Orbán diz que o evento é prejudicial para as crianças. FOTO: Frederic Garrido-Ramirez / União Europeia

Dezasseis países da UE querem a Hungria penalizada por proibição do 'Budapeste Pride'

França, Alemanha e outros 14 países pedem ao executivo de Ursula von der Leyen para que “faça uso total e expedito das ferramentas do Estado de Direito à sua disposição”.
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A maioria dos países da União Europeia, 16 em concreto, querem que a Comissão Europeia penalize a Hungria quanto ao plano do primeiro-ministro Viktor Orbán de proibir a próxima edição do Budapeste Pride, agendada para 28 de junho.

Esta intenção foi dada a conhecer através de uma carta, coordenada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros dos Países Baixos, em que é pedido ao executivo liderado por Ursula von der Leyen para que “faça uso total e expedito das ferramentas do Estado de Direito à sua disposição” de forma a fazer ceder o governo de Viktor Orbán. Entre os 16 países estão França e Alemanha, mas também Portugal.

“Estamos profundamente alarmados com estes acontecimentos, que são contrários aos valores fundamentais da dignidade humana, da liberdade, da igualdade e do respeito pelos Direitos Humanos”, é referido no documento, segundo noticiou a Reuters.

O Parlamento da Hungria, controlado pelo Fidesz de Orbán, aprovou há dois meses a proibição da realização anual do Budapeste Pride, alegando, entre outras coisas, que esta iniciativa LGBT+ pode ser considerada prejudicial para as crianças e protegê-las substitui o direito de reunião.

Na mesma ocasião foi também aprovada legislação que permite que a polícia utilize câmaras de reconhecimento facial para identificar as pessoas presentes.

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