Coreia do Sul diz que Pyongyang lançou míssil balístico para mar do Japão
EPA/JEON HEON-KYUN

Coreia do Sul diz que Pyongyang lançou míssil balístico para mar do Japão

Pyongyang prometeu "responder adequadamente" às sanções dos EUA impostas a indivíduos e empresas acusados de branqueamento de capitais para financiar o programa de armas nucleares da Coreia do Norte.
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O exército da Coreia do Sul anunciou esta sexta-feira, 7 de novembro, que a Coreia do Norte lançou um míssil balístico não identificado no mar do Japão, um dia depois de Pyongyang ter ameaçado retaliar contra sanções impostas pelos Estados Unidos.

O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul informou às 12:40 (03:40 em Lisboa), que o Norte lançou um míssil balístico "não identificado", que acabou por cair no mar do Japão, sem fornecer mais detalhes.

Também a primeira-ministra japonesa, Sanae Takaichi, confirmou o lançamento do míssil, em comunicado de imprensa.

"Acredita-se que tenha caído fora da ZEE [Zona Económica Exclusiva] do nosso país e, neste momento, não há informações confirmadas sobre danos", disse a chefe de Governo.

Na quinta-feira, Pyongyang tinha prometido "responder adequadamente" às sanções norte-americanas impostas a indivíduos e empresas acusados de branqueamento de capitais para financiar o programa de armas nucleares da Coreia do Norte.

O Departamento do Tesouro dos EUA sancionou oito indivíduos e duas empresas na quarta-feira por lavagem de dinheiro com origem em atividades ilícitas, como burlas cibernéticas, e destinado a financiar o programa de armas nucleares da Coreia do Norte.

A Coreia do Norte tem acelerado o ritmo dos testes de armas nas últimas semanas, incluindo o lançamento de supostos mísseis hipersónicos e mísseis de cruzeiro em outubro.

O mais recente lançamento ocorreu dias depois de o secretário da Guerra dos EUA ter viajado até à Coreia do Sul para conversações anuais de segurança entre os aliados.

Na altura, Pete Hegseth elogiou os planos sul-coreanos para aumentar os gastos militares face às ameaças nucleares da Coreia do Norte e outras incertezas regionais.

O líder norte-coreano, Kim Jong-un, tem rejeitado o diálogo com Washington e Seul desde que a diplomacia com o Presidente norte-americano, Donald Trump, descarrilou durante o primeiro mandato do republicano de Trump, em 2019, devido a divergências sobre a troca do alívio das sanções por medidas para desmantelar o programa nuclear.

Desde então, acelerou a expansão do seu programa de armas nucleares e mísseis, ao mesmo tempo que fez da Rússia o foco da política externa, enviando milhares de soldados e grandes quantidades de equipamento militar para ajudar a financiar a invasão russa da Ucrânia.

O arsenal de Kim inclui atualmente mísseis nucleares com capacidade de atingir o território continental dos Estados Unidos.

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