Caso gera revolta no Brasil. Polícia militar atira homem de uma ponte, TV passa vídeo e 13 agentes já foram afastados
O caso ganhou uma enorme repercussão no Brasil depois de a TV Globo ter mostrado um vídeo onde se vê um polícia militar a atirar um homem de uma ponte na zona sul de São Paulo, no Brasil, na madrugada de segunda-feira.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo já abriu um inquérito ao caso e decidiu para já afastar 13 polícias militares. Numa reação na rede social X, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, garantiu que "este caso será investigado e rigorosamente punido".
No vídeo vê-se cinco polícias na ponte. Um deles está a levantar a parar uma mota, que se pensa pertencer ao homem, enquanto outro o agarra pela camisa, atirando-o de seguida da ponte para um rio, de uma altura de cerca de três metros. Em nenhum momento a vítima esboça qualquer reação.
De acordo com a família, o jovem caiu de cabeça e foi imediatamente ajudado por moradores da zona. Foi transportado para o hospital, mas já está em casa. Chama-se Marcelo e tem 25 anos.
"Isto é inadmissível, é algo que não pode acontecer. A polícia existe para defender a população e não para fazer o que fez", disse à TV Globo Antônio Donizete do Amaral, pai da vítima.
"Ele é um bom rapaz, trabalhador, nunca teve problemas com a justiça. Quero uma justificação para o que fizeram ao meu filho", acrescentou.
O Secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, gravou entreanto um vídeo a criticar a atitude dos polícias. "Esta ação não encontra respaldo nenhum nos procedimentos operacionais da polícia militar. Ações isoladas como esta não podem denegrir a imagem de uma instituição que tem quase 200 anos de bons serviços prestados à população no estado de São Paulo. Não vamos tolerar nenhum tipo de desvio de conduta de nenhum polícia no estado de São Paulo", afirmou.
Também o Procurador-Geral de Justiça do Estado, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, disse que a conduta dos polícias é inadmissível.