O petróleo é o principal motor da economia da economia do país liderado por Maduro.
O petróleo é o principal motor da economia da economia do país liderado por Maduro.EPA/RONALD PENA R.

Caracas denuncia “atode pirataria” dos EUA. Já são três navios apreendidos

“Os EUA continuarão a perseguir o movimento ilícito de petróleo sancionado que é utilizado para financiar o narcoterrorismo na região”, indicou a secretária de Segurança Interna Kristi Noem.
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A Venezuela apelidou de “ato flagrante de pirataria” a apreensão, por parte dos EUA, de um petroleiro em águas internacionais e o “desaparecimento forçado da tripulação”. “Os EUA continuarão a perseguir o movimento ilícito de petróleo sancionado que é utilizado para financiar o narcoterrorismo na região”, indicou a secretária de Segurança Interna norte-americana, Kristi Noem, partilhando no X o vídeo da segunda operação. Este domingo foi confirmada a apreensão de um terceiro navio, cujo estado é desconhecido até o momento.

O presidente dos EUA, Donald Trump, tinha anunciado na semana passada o “bloqueio” de todos os petroleiros alvo de sanções - fazem parte da chamada “frota fantasma”, usada pela Venezuela para vender petróleo fugindo às sanções internacionais. O petróleo é o principal motor da economia do país, que tem as maiores reservas do mundo. Contudo, segundo fontes da Reuters, o petroleiro em causa - o Centuries, com bandeira do Panamá - não estava na lista de navios sancionados.

“A apreensão de uma embarcação que não está sujeita a sanções dos EUA representa um aumento ainda maior da pressão de Trump sobre a Venezuela”, disse à agência de notícias Jeremy Paner, sócio do escritório de advogados Hughes Hubbard, em Washington, e ex-investigador do Gabinete de Controlo de Ativos Estrangeiros. “Isto também contradiz a declaração de Trump de que os EUA imporiam um bloqueio a todos os petroleiros sancionados”, acrescentou.

Com as ações contra os petroleiros, a Administração Trump quer aumentar a pressão sobre Nicolás Maduro (apesar de não admitir que o objetivo seja levar a uma mudança de regime). “O modelo colonialista que o governo dos EUA quer impor com este tipo de práticas vai fracassar e será derrotado pelo povo venezuelano”, reagiu Caracas, num comunicado nas redes sociais da vice-presidente Delcy Rodriguez. “A Venezuela continuará o seu crescimento económico cimentado nos seus 14 motores e no desenvolvimento da sua indústria de hidrocarbonetos de maneira independente e soberana”, acrescentou.

A Venezuela reiterou ainda que vai apresentar queixa na ONU contra a violação do direito internacional, estando prevista para esta terça-feira uma reunião do Conselho de Segurança sobre a escalada da tensão entre Caracas e Washington. O presidente brasileiro, Lula da Silva, avisou no sábado que “uma intervenção armada na Venezuela seria uma catástrofe humanitária”, falando também de um “precedente perigoso para o mundo”.

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