O presidente dos EUA, Joe Biden, acusou esta quarta-feira o homólogo da Rússia, Vladimir Putin, de ser um "criminoso de guerra", utilizando esta expressão pela primeira vez desde o início da invasão russa da Ucrânia. O Kremlin já reagiu, considerando "inaceitável e imperdoável" tais declarações.."É um criminoso de guerra", atirou Biden, sem mais detalhes, quando respondia a um jornalista à saída de um evento dedicado à luta contra a violência doméstica, que decorreu na Casa Branca.."Consideramos inaceitável e imperdoável semelhante retórica por parte de um chefe de Estado, cujas bombas mataram centenas de milhares de pessoas em todo o mundo", reagiu o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, citado pelas agências russas..A porta-voz da presidência norte-americana, Jen Psaki, esclareceu que Biden tinha falado "com o coração" depois de ter visto imagens das "ações bárbaras de um ditador brutal"..Jen Psaki acrescentou que continua em andamento um "procedimento legal no Departamento de Estado" relativo à qualificação legal de "crimes de guerra" cometidos pela Rússia na Ucrânia..Até agora, nenhum governante norte-americano tinha utilizado publicamente os termos "criminoso de guerra" ou "crimes de guerra", ao contrário de outros estados ou organizações internacionais..O chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, por exemplo, descreveu na semana passada como um "crime de guerra hediondo" o bombardeamento russo de uma maternidade e hospital pediátrico perto de Mariupol, que causou três mortos, incluindo uma criança, e 17 feridos..Também o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, referiu no início de março que considerava o uso de munições sobre civis inocentes um "crime de guerra"..De resto, o procurador do Tribunal Penal Internacional (TPI), que investiga a existência de crimes de guerra na Ucrânia, visitou o país e conversou por videoconferência com presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, revelou este organismo