NATO quer obrigar países como Portugal a investir mais de 3% do PIB em Defesa
NATO quer obrigar países como Portugal a investir mais de 3% do PIB em Defesa
A NATO está a planear pedir ao Canadá e aos aliados europeus, entre os quais Portugal, que aumentem em 30% o investimento em Defesa para repor as reservas de armamento e equipamento nos próximos anos, avança a Bloomberg, que cita uma fonte oficial da aliança atlântica.
Esse aumento obrigaria quase todos os países a ir além dos 3% do PIB em Defesa, mas não teria efeitos imediatos, estando previsto um prazo entre os cinco e os 15 anos para que essa meta seja atingida.
Trump planeia assinar acordo de minerais com Kiev "muito rapidamente"
Os Estados Unidos vão assinar "muito rapidamente" um acordo com a Ucrânia sobre os minerais e as terras raras, que são muito procurados pelos norte-americanos, anunciou hoje o Presidente Donald Trump.
"Estamos a assinar acordos para libertar minerais, terras raras e muitas outras coisas em vários locais do mundo, incluindo a Ucrânia", sublinhou o chefe de Estado norte-americano durante uma cerimónia na Casa Branca.
"Uma das coisas que faremos muito rapidamente é concluir um acordo sobre as terras raras da Ucrânia, que são incrivelmente valiosas", acrescentou.
Trump assinou hoje uma ordem executiva para impulsionar a produção nacional de minerais essenciais e terras raras, um setor essencial para o desenvolvimento tecnológico no qual a China detém um quase monopólio.
O bilionário republicano disse ainda que quer aumentar a produção de minerais essenciais nos Estados Unidos.
"Também assinei um decreto presidencial para aumentar drasticamente a produção de minerais importantes e terras raras. Isto é algo importante neste país", destacou ainda.
Para Donald Trump, a exploração de minerais ucranianos pelos Estados Unidos seria uma compensação pela ajuda militar e financeira prestada por Washington nos últimos três anos a Kiev face à invasão russa.
Um acordo deste tipo daria aos Estados Unidos um "interesse direto" em proteger a Ucrânia, insistiu o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, na semana passada.
Macron convoca reunião de coligação internacional para segurança
O Presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou hoje que vai convocar para 27 de março uma reunião dos países da coligação internacional para segurança da Ucrânia, que poderão vir a enviar forças para o terreno após um cessar-fogo.
"Depois da reunião da semana passada em Paris dos chefes de Estado e de Governo, depois da reunião de ontem [quarta-feira] e de hoje dos chefes operacionais em Londres, na próxima quinta-feira [27 de março] teremos uma cimeira da coligação de prontidão em Paris com a presença de [Volodymyr] Zelensky", Presidente ucraniano, disse Macron.
Falando aos meios de comunicação social após participar na reunião dos chefes de Estado e de Governo da União Europeia em Bruxelas, Macron explicou que esta nova reunião terá como objetivo "finalizar" o trabalho de apoio "a curto prazo" ao exército ucraniano, definir um "modelo" para as forças armadas ucranianas que seja "duradouro e sustentável" para "evitar invasões russas" e especificar as "garantias de segurança que os exércitos europeus podem dar".
O Governo britânico afirmou esta semana estimar que 30 países deverão participar na força de manutenção de paz na Ucrânia que Paris e Londres estão a tentar formar na expectativa de um cessar-fogo.
"Esperamos que mais de 30 países estejam envolvidos" nesta coligação, com "um número significativo de países a fornecer tropas e um grupo mais vasto (de países) a fornecer outras contribuições", disse um porta-voz do primeiro-ministro britânico, Keir Starmer.
"O primeiro-ministro indicou, no fim de semana, que haveria diferentes capacidades (disponibilizadas) consoante o país, e que estão em curso discussões operacionais sobre o que a coligação (...) é capaz de fornecer", disse o porta-voz.
EUA vai encontrar-se com representantes ucranianos e russos separadamente na Arábia Saudita
Os representantes dos Estados Unidos nas negociações para a paz na Ucrânia que se iniciam segunda-feira na Arábia Saudita vão encontrar-se separadamente com os enviados russos e ucranianos.
O presidente Volodymyr Zelenskyy confirmou que os seus representantes vão ter o encontro com autoridades de Washington sem a presença da delegação russa, apesar das reuniões se realizarem no mesmo dia e no mesmo lugar.
Zelensky diz que Ucrânia fora da NATO é "grande prenda para a Rússia"
O presidente ucraniano diz que o facto dos Estados Unidos terem excluído a hipótese de adesão da Ucrânia à NATO é "uma grande prenda para a Rússia" no âmbito das negociações para a paz.
A Rússia há muito tempo que se opõe à ideia de a Ucrânia se tornar membro da Aliança Atlântica por temer que uma aproximação demasiada das forças da NATO às suas fronteiras.
Zelensky avisa recusa negociar territórios: "A Crimeia é uma península ucraniana"
Crimeia é uma península ucraniana - Zelensky se recusa a fazer concessões publicado às 14:35 14:35
Zelensky negou hoje qualquer possibilidade de ceder territórios à Rússia, nomeadamente a Crimeia, no âmbito das negociações para a paz.
"A Crimeia é uma península ucraniana", sublinhou o presidente ucraniano na conferência de imprensa conjunta, em Oslo, com o primeiro-ministro norueguês Jonas Gahr Store, sublinhando que se trata de um território que é "parte integrante" da Ucrânia e lembrando ainda que a Crimeia é reconhecida internacionalmente como parte do seu país, apesar de estar ocupada pela Rússia desde 2014.
Rússia nomeou para liderar as negociações de paz o ex-chefe das secretas que planeou invasão à Ucrânia
A Rússia acaba de nomear para as negociações de paz na Ucrânia um antigo chefe dos serviços secretos (FSB) que teve um papel importante no planeamento da invasão do território ucraniano em 2022.
De acordo com a agência TASS, Sergei Beseda vai viajar para Riade, na Arábia Saudita, para as negociações com os Estados Unidos que começam na segunda-feira.
Além do planeamento daquilo que a Rússia chamou de Operação Militar Especial, Beseda foi também responsável pelo recrutamento para a invasão.
As negociações na Arábia Saudita têm como objetivo finalizar o acordo de cessar-fogo de 30 dias acordado esta semana e iniciar negociações sobre um cessar-fogo marítimo.
Beseda será acompanhado por Grigory Karasin, presidente do Comité de Assuntos Internacionais do Senado.
Zelensky pediu à UE ajuda de 5 mil milhões de euros em munições
Volodymyr Zelensky apelou aos países europeus uma ajuda "o mais rápida possível" de pelo menos cinco mil milhões de euros para munições de artilharia.
Este pedido surgiu no seu discurso na cimeira de líderes da União Europeia, através de videoconferência a partir de Oslo, onde está numa visita oficial.
O presidente ucraniano assegurou que o aumento do apoio à Ucrânia é "crucial", tendo ainda dito que a União Europeia deve estar envolvida nas negociações de paz, mas lembrou que para isso é preciso união entre os estados-membros.
"É antieuropeu quando as decisões que são importantes para todo o continente, ou que já foram acordadas, são bloqueadas por uma pessoa", sublinhou, apelando para que não seja aliviada a pressão sobre a Rússia em relação à guerra. Como tal, disse que "as sanções devem continuar".
No seu discurso, Zelensky confirmou que teve "uma conversa produtiva" com o presidente dos EUA, Donald Trump, pedindo ainda o apoio da UE para "um cessar-fogo incondicional e total".
Zelensky diz que central de Zaporíjia é do povo ucraniano
Zelenskyy foi questionado esta quinta-feira, numa conferência de imprensa na Noruega, onde se reuniu com o primeiro-ministro daquele país, sobre a intenção dos EUA em deter a central de Zaporíjia e outros ativos de energia ucranianos
"Todas as centrais nucleares da Ucrânia pertencem ao povo da Ucrânia. São estatatais, não são propriedade privada na Ucrânia", atirou Zelensky.
"Se os americanos querem tirar os russos de lá e pretendem investir e modernizá-la, essa é uma questão completamente diferente", acrescentou.
"Estamos abertos a discutir isso, mas a questão da propriedade definitivamente não discutimos com o presidente Trump", concluiu Zelensky.
O líder ucraniano foi ainda questionado sobre informações de que Donald Trump está a considerar reconhecer a Crimeia como território russo numa tentativa de satisfazer Vladimir Putin.
"Essa é uma península ucraniana, o presidente Trump não falou disso comigo", referiu.
A Rússia, recorde-se, anexou a Crimeia em 2014.
Hungria de fora de apelo de líderes à vontade política da Rússia para cessar-fogo
Os líderes da União Europeia (UE) pediram hoje "verdadeira vontade política" à Rússia para um cessar-fogo na Ucrânia e admitiram aumentar a pressão, num apelo que não foi subscrito pela Hungria, que continua contra o apoio a Kiev.
Num texto de conclusões do presidente do Conselho Europeu, António Costa, sobre o apoio da UE à Ucrânia e que foi subscrito por 26 chefes de Governo e de Estado da UE - incluindo o primeiro-ministro português, Luís Montenegro, e sem contar com a assinatura do líder húngaro, Viktor Orbán --, é pedido "à Rússia para que demonstre uma verdadeira vontade política de pôr termo à guerra".
Tal como aconteceu na cimeira extraordinária de há duas semanas, neste Conselho Europeu a Hungria manteve a sua oposição à ajuda a Kiev por considerar que os direitos das minorias húngaras na Ucrânia não são salvaguardados.
Por essa razão, Budapeste ficou de fora destas conclusões agora aprovadas com amplo consenso, nas quais os líderes da UE dizem estar "dispostos a intensificar a pressão sobre a Rússia, nomeadamente através de novas sanções e do reforço da aplicação das medidas existentes" e vincam que "todo o apoio militar, bem como as garantias de segurança para a Ucrânia, serão prestados no pleno respeito da política de segurança e defesa" e dos interesses dos países.
Lusa
Até 250.000 soldados russos mortos durante a guerra
De acordo com o Ministério da Defesa do Reino Unido, entre 200 e 250 mil soldados russos foram mortos na guerra na Ucrânia, o que resulta numa das maiores perdas da Rússia desde a Segunda Guerra Mundial.
O Ministério da Defesa do Reino Unido refere que Putin e os seus líderes militares priorizam o conflito em vez das vidas dos soldados russos.
Peskov: "A União Europeia transformou-se num partido de guerra"
Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, acusou hoje a Europa de não apoiar os esforços da Rússia e dos Estados Unidos em promover o que diz ser um "acordo pacífico" na Ucrânia.
"A União Europeia embarcou no seu rearmamento e transformou-se num partido de guerra", disse no brieffing diário.
"Os planos para militarizar a Europa que estão obviamente desfasados das intenções dos presidentes russo e americano em encontrar os caminhos para iniciar o processo de acordo pacífico", sublinhou.
Chefe da diplomacia europeia quer Ucrânia forte no campo de batalha
Kaja Kallas, chefe da diplomacia da União Europeia disse antes da cimeira que está ansiosa para ouvir o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky na cimeira, nomeadamente em relação à conversa de ontem com Donald Trump.
"Quanto mais forte a Ucrânia estiver no campo de batalha, mais forte estará na mesa de negociações", disse, admitindo que os gastos com Defesa também vão estar em discussão na cimeira.
Líderes da União Europeia reunidos em Bruxelas
Os líderes dos países da União Europeia reúnem-se hoje em Bruxelas para abordar os caminhos para a paz na Ucrânia, depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter conversado nos dois dias anteriores com Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky.
O presidente da Ucrânia vai falar nesta cimeira de líderes através de videoconferência a partir da Noruega, onde chegou esta manhã para uma visita oficial.
Zelensky: "Em cada ataque, os russos mostram ao mundo sua verdadeira atitude em relação à paz"
Na sequDepois que ataques russos na Ucrânia durante a noite mataram dois e feriram pelo menos 10, o presidente ucraniano
Volodymyr Zelensky disse hoje que, apesar das "declarações de propaganda" da Rússia, os ataques "não param", uma vez que na última madrugada esses ataques mataram duas pessoas e feriram pelo menos 10 pessoas.
Numa publicação no Instagram, agradeceu o trabalho dos socorristas. "Em cada ataque, os russos mostram ao mundo a sua verdadeira atitude em relação à paz", escreveu.
Refira-se que entre os mortos está um na sequência dos ataques russos a Kostyantynivka, na região de Donetsk, de acordo com o líder regional, que revela terem ficado feridas mais duas pessoas.
Ucrânia mantém ataques contra a Rússia até ser alcançado um acordo
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky disse hoje que os ataques aéreos da Ucrânia contra o território russo vão continuar até que seja finalizado um documento sobre a eventual trégua parcial de 30 dias.
Zelensky explicou, em conferência de imprensa, que ambas as partes - Ucrânia e a Rússia - estão dispostas a declarar o fim dos ataques contra instalações de produção armazenamento de energia e gasodutos.
Na mesma conferência de imprensa, o presidente ucraniano referiu-se também ao último ataque russo com 'drones' não tripulados, na noite entre terça-feira e quarta-feira, contra a Ucrânia, ocorrido poucas horas depois de um contacto telefónico entre o chefe de Estado norte-americano, Donald Trump, e o homólogo russo, Vladimir Putin.
"É por isso que entendo que enquanto não houver um acordo, enquanto não houver um documento correspondente sobre o cessar-fogo parcial, penso que haverá ataques", disse Zelensky.
Na quarta-feira, Zelensky, em contacto com Donald Trump, disse que Kiev aceita a proposta de trégua parcial que Washington tinha acordado anteriormente com Moscovo.
Apesar dos contactos ao mais alto nível, a Ucrânia e a Rússia mantêm os ataques com drones de longo alcance.
Nas últimas horas, as defesas aéreas ucranianas abateram 75 drones de ataque russos, de acordo com a Força Aérea de Kiev.
As interceções ocorreram sobre as regiões de Kharkov e Sumi (nordeste), Chernobyl e Kiev (norte), Poltava, Cherkassi, Zhitomir, Vinitsia, Kirovograd e Dnipropetrovsk (centro), Zaporijia (sudeste) e Kherson (sul).
Lusa
Ataque ucraniano com drones atinge aeródromo junto a base militar russa
Um ataque ucraniano com drones atingiu na madrugada desta quinta-feira um aeródromo que está localizado perto da base militar russa de Engels. Região foi alvo do “maior ataque de sempre" por parte de drones, segundo governador.
A base militar de Engels é considerada estratégica, albergando bombardeiros Tupolev Tu-160, com capacidade nuclear, de acordo com a Reuters.
Roman Busargin, o governador de Saratov, a região onde está situada a base militar, informou que o ataque deixou o aeródromo em chamas e foi necessário proceder à retirada de pessoas em algumas localidades vizinhas.
De acordo com o Ministério da Defesa russo, 54 drones foram abatidos.
Ataque a esta região russa acontece um dia após a conversa telefónica do presidente dos EUA com o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, sobre a proposta de um cessar-fogo de 30 dias. Isto depois da chamada telefónica entre Donald Trump e o presidente russo, Vladimir Putin.
O presidente norte-americano e Zelensky fizeram um balanço positivo do da conversa, a primeira depois do momento tenso protagonizado pelos dois líderes na Casa Branca. “Muito boa conversa telefónica”, disse Trump nas redes sociais. “Estamos no bom caminho”, afirmou. “Uma conversa positiva, substancial e franca”, sublinhou Zelensky.
Após falar com Trump, o presidente russo mostrou-se disponível a parar com os ataques a estruturas energéticas durante 30 dias. Zelensky apoia esta proposta, mas quer a mediação dos EUA neste cessar-fogo temporário.