A destruição deixada pelo ataque israelita no Ministério da Defesa da Síria, em Damasco.
A destruição deixada pelo ataque israelita no Ministério da Defesa da Síria, em Damasco.EPA/MOHAMMED AL RIFAI

Ataque israelita no centro de Damasco captado num direto da televisão síria

Israel diz que está a agir para proteger a minoria drusa, que tem estado envolvida em violência sectária com tribos beduínas e as forças de segurança síria no sul do país.
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As Forças de Defesa de Israel bombardearam esta quarta-feira o centro de Damasco, atingindo o Ministério da Defesa junto ao Palácio Presidencial, com as autoridades israelitas a prometer destruir as forças governamentais sírias que estão a atacar a minoria drusa no sul do país.

O ataque foi apanhado num direto da televisão síria, com o próprio ministro da Defesa israelita, Israel Katz, a partilhar o vídeo no X com a frase: "Os golpes dolorosos começaram."

A Al Jazeera também estava em direito na altura do ataque. Os militares israelitas disseram ter "atingido a entrada do complexo do quartel-general militar do regime sírio" em Damasco.

Pelo menos uma pessoa morreu e 28 ficaram feridas, segundo o Ministério da Saúde sírio.

O bombardeamento israelita surge numa altura de tensão na região de Sueida, que começou com violência sectária entre milícias drusas e grupos beduínos e já terá feito mais de 300 mortos. As forças de segurança foram enviadas para o local.

A destruição deixada pelo ataque israelita no Ministério da Defesa da Síria, em Damasco.
Violência sectária na Síria deixa mais de cem mortos

Israel alega estar a tentar proteger os membros da comunidade drusa.

A violência sectária é um dos grandes desafios do presidente interino Ahmed al-Sharaa, antigo líder da milícia sunita que em dezembro derrubou o regime de Bashar al-Assad.

Sharaa procura reconstruir a Síria, tendo conseguido o reforço dos laços com os EUA, mas o seu país continua profundamente dividido, havendo muitos que rejeitam o novo Governo.

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