Ataque deixou mais de 100 mil casas sem luz, diz Zelensky. "Russos ignoram apelos mundiais"
Facebook / Volodymyr Zelensky

Ataque deixou mais de 100 mil casas sem luz, diz Zelensky. "Russos ignoram apelos mundiais"

Ofensiva russa visou infraestruturas civis e energéticas, levando ao corte de eletricidade em várias regiões, diz presidente ucraniano, que pede "novas medidas para aumentar a pressão sobre a Rússia".
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A Rússia lançou esta quarta-feira, 27 de agosto, quase 100 drones contra território ucraniano, tendo provocado cortes de energia em casas e empresas, de acordo com as autoridades locais.

"Infelizmente, as instalações energéticas foram danificadas. O ataque causou cortes de energia nas regiões de Poltava, Sumy e Chernihiv, deixando mais de cem mil residências sem eletricidade", afirmou o presidente ucraniano, dando conta que infraestruturas civis também foram danificadas. "Na região de Kharkiv, um drone atingiu um liceu normal e, em Kherson, um edifício residencial. A região de Dnipro também foi alvo de ataques", detalhou.

Volodymyr Zelensky assegurou que "todos os serviços de emergência estão a trabalhar no terreno para restaurar a energia o mais rapidamente possível", ao mesmo tempo que voltou a apelar para que haja mais pressão sobre Moscovo enquanto decorrem esforços globais para o fim da guerra, em curso há mais de três anos.

"Os russos continuam a guerra e ignoram os apelos mundiais para que acabem as mortes e a destruição", lamentou numa mensagem divulgada nas redes sociais.

Nesse sentido, afirmou, são necessárias "novas medidas para aumentar a pressão sobre a Rússia para que acabe com os ataques e garanta verdadeiras garantias de segurança". Acrescentou que a Ucrânia está a trabalhar com os aliados "para exercer essa pressão".

De acordo com as autoridades ucranianas, na região de Poltava, o edifício administrativo, veículos e equipamentos da empresa do setor elétrico ficaram danificados, tendo-se registado ainda um incêndio na instalação, após os ataques realizados pelas forças russas com drones Shahed.

O governador regional, Volodymyr Kohut, declarou que, como resultado dos ataques, ocorreram cortes de energia que afetaram os moradores e empresas da região.

A Força Aérea ucraniana declarou que, esta quarta-feira, conseguiu neutralizar 74 dos 95 ‘drones Shahed’ e réplicas destes aparelhos aéreos não tripulados no norte, sul e leste do país. No entanto, foram registados 21 impactos em nove locais diferentes.

Mulher morreu em ataque de artilharia russa na cidade de Kherson

Na região central de Dnipropetrovsk, um edifício de cinco andares foi danificado e um incêndio deflagrou numa quinta, como resultado de ataques com ‘drones’ por parte da Rússia, segundo as autoridades regionais.

Em Sumi (nordeste), os ataques russos provocaram cortes de energia que afetaram também o abastecimento de água da capital regional com o mesmo nome, segundo a administração militar regional.

Na cidade de Kherson, uma mulher de 81 anos morreu e uma outra pessoa ficou ferida ao início da manhã em consequência de um ataque de artilharia russa.

A administração militar regional relatou ainda que um homem de 56 anos ficou ferido num ataque com ‘drone’ no centro de Kherson.

Duas pessoas ficaram também feridas em Zaporijia (sul) em ataques russos, segundo a agência de notícias Ukrinform.

O exército russo, que ocupa aproximadamente 20% do leste e do sul da Ucrânia, acelerou o seu avanço terrestre nos últimos meses contra unidades ucranianas mais pequenas e menos equipadas.

Rússia está a enviar "sinais negativos" sobre negociações futuras, diz presidente ucraniano

Após mais uma ofensiva das forças de Moscovo e após uma chamada telefónica com o presidente da Finlândia, Alexander Stubb, o chefe de Estado ucraniano afirmou que, "infelizmente, os russos estão atualmente a enviar sinais negativos em relação às reuniões e aos desenvolvimentos futuros" nos esforços para se alcançar a paz.

"Os ataques às nossas cidades e aldeias continuam. Todos os dias há novas vítimas. Os russos só reagirão a uma pressão real em resposta a tudo isto. É necessária pressão. Contamos com isso. São necessárias medidas concretas da Rússia – medidas no sentido de uma diplomacia real", voltou a enfatizar Zelensky numa outra publicação nas redes sociais.

Com Lusa

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