AstraZeneca pode ter usado dados desatualizados nos ensaios nos EUA, diz regulador norte-americano

"A AstraZeneca possa ter usado informações desatualizadas neste ensaio, o que pode ter resultado numa estimativa incompleta da eficácia da vacina", disse o Instituto Nacional de Doenças infecciosas e Alergias, que supervisiona os ensaios clínicos das vacinas.
Publicado a
Atualizado a

A AstraZeneca poderá ter incluído dados desatualizados nos ensaios clínicos nos EUA sobre a vacina contra a covid-19, segundo o regulador americano, que cita um grupo de especialistas independentes.

O grupo teme que "a AstraZeneca possa ter usado informações desatualizadas neste ensaio, o que pode ter resultado numa estimativa incompleta da eficácia da vacina", disse o Instituto Nacional de Doenças infecciosas e Alergias (NIAID), que supervisiona os ensaios clínicos das vacinas.

"Instamos a empresa a trabalhar com o Conselho de Monitorização de Dados e Segurança (DSMB), para avaliar a eficácia dos dados e garantir que os mais precisos, recentes e eficazes possíveis sejam divulgados o mais rápido possível", é referido na nota.

O laboratório da AstraZeneca defendeu na segunda-feira a sua vacina, alegando que esta era 80% eficaz contra a covid-19 em idosos e não aumentava o risco de coágulos, após ensaios clínicos de fase III realizados nos Estados Unidos, com 32 449 participantes.

Vários países suspenderam o uso da vacina por medo de que pudesse causar coágulos sanguíneos, às vezes fatais. Portugal decidiu suspender a vacinação com o fármaco da AstraZeneca por precaução.

Na quinta-feira passada, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) considerou-a "segura e eficaz", e o uso da vacina foi retomado em alguns países. Após esta garantia dada pelo regulador europeu, Portugal retomou esta segunda-feira a administração da vacina da AstraZeneca.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt