Assassinado funcionário da central nuclear de Zaporijia

Assassinado funcionário da central nuclear de Zaporijia

A explosão de um carro armadilhado matou Andrii Korotky, identificado como o "chefe de segurança" da central elétrica de Zaporijia, a maior da Europa.
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Um funcionário da central nuclear de Zaporijia, ocupada pelas forças russas no sul da Ucrânia, foi morto num atentado com um carro armadilhado, anunciaram esta sexta-feira os dois países.

De acordo com os serviços secretos militares ucranianos (GUR), a explosão de um carro armadilhado matou Andrii Korotky, identificado como o "chefe de segurança" da central elétrica de Zaporijia, a maior da Europa.

O GUR acusou-o de ter "colaborado voluntariamente com os invasores russos" e de ter denunciado os empregados pró-ucranianos da central, participando assim na "repressão dos ocupantes" sobre os trabalhadores.

Os serviços secretos militares ucranianos publicaram nas redes sociais um vídeo de fraca qualidade que mostra um SUV branco em marcha lenta antes de explodir, espalhando destroços por todo o lado.

Desde o início da invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022, os serviços secretos ucranianos têm estado na origem de vários assassinatos ou tentativas de assassinato nos territórios ocupados ou na própria Rússia.

As ações visam funcionários da ocupação, militares ou personalidades que apoiam a invasão da Ucrânia, segundo a agência francesa AFP.

As autoridades russas da central de Zaporijia confirmaram que Korotky foi morto num "ataque terrorista cometido pelo regime de Kiev".

O diretor da central, Yuri Chernichuk, descreveu o ataque como irresponsável.

Korotky foi também presidente do conselho local de Energodar, a cidade ucraniana controlada pela Rússia onde se localiza a central nuclear.

A central está ocupada pelas forças russas desde março de 2022, e tem sido alvo de numerosos bombardeamentos, denunciados por ambas as partes.

No início de setembro, o chefe da Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA), Rafael Grossi, manifestou preocupação com a segurança do local depois de uma torre de refrigeração se ter incendiado.

Moscovo atribuiu o incidente a um ataque de 'drones' ucranianos.

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