Anulado julgamento do caso da morte de Maradona
O julgamento sobre o caso da morte de Diego Armando Maradona, estrela do futebol e mundial, foi considerado nulo por um tribunal argentino, avançou esta quinta-feira a Associated Press (AP).
Sete profissionais de saúde que faziam parte da equipa médica do ex-jogador argentino quando este morreu, em 2020, estavam a ser julgados por homicídio simples com dolo eventual, ou seja, por negligência. Os profissionais de saúde sentaram-se no banco dos réus por estarem acusados de não terem prestado os cuidados necessários a Maradona nos dias que antecederam à sua morte.
Agora um tribunal argentino decidiu pela anulação do julgamento, que começou a 11 de março, depois de uma das três juízas do caso se ter demitido devido a críticas de infração ética de que foi alvo por ter participado num documentário sobre o caso.
Na sequência da polémica, um tribunal argentino tinha em cima da mesa nomear um novo juiz para o lugar de Julieta Makintach (juíza que participou no documentário) ou decidir por julgar o caso a partir do zero. A justiça argentina optou esta quinta-feira pela segunda opção, como explica a AP.
Diego Maradona morreu aos 60 anos, por “insuficiência respiratória e paragem cardíaca”, mas os promotores identificaram uma situação de “desamparo” e de “abandono” por parte da equipa médica. Segundo a acusação, o antigo craque deveria ter recebido cuidados intensivos em casa, mas em vez disso foi “abandonado à sua própria sorte”.
A lista dos sete acusados inclui o médico pessoal de Maradona, o neurocirurgião Leopoldo Luque, assim como um médico clínico, um psiquiatra, um psicólogo, uma médica coordenadora do plano de saúde, um coordenador de enfermeiros e um enfermeiro. Uma oitava acusada, uma enfermeira, será julgada separadamente, noutro processo, a partir de julho.