Putin diz estar pronto para receber presidente ucraniano em Moscovo

O presidente russo está disponível para discutir relações bilaterais, mas não o conflito no leste da Ucrânia.
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O presidente russo, Vladimir Putin, disse esta quinta-feira estar pronto para receber em Moscovo, "em qualquer momento", o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky para discutir relações bilaterais, mas não o conflito no leste da Ucrânia.

Para Putin, os confrontos que opõem, desde 2014, as forças ucranianas e as milícias separatistas no leste da Ucrânia, devem ser discutidos com os protagonistas desse conflito e não com o Kremlin.

Questionado sobre uma proposta de reunião feita por Zelensky, o presidente russo disse que "se for para falar de relações bilaterais, então é claro que estamos prontos para receber o Presidente ucraniano, em Moscovo, em qualquer momento que lhe seja conveniente".

Contudo, Putin disse que, se Zelensky quisesse falar sobre o conflito entre as forças de Kiev e os separatistas pró-russos no leste da Ucrânia, teria "antes de mais nada de se reunir com os líderes" das duas autoproclamadas repúblicas rebeldes e não com ele.

"Tem havido muitas medidas destinadas a destruir as nossas relações. Só posso lamentar isso. Se o Presidente Zelensky quiser começar a reabilitar essas relações, ficarei muito contente", acrescentou Putin, à margem de uma reunião com o seu homólogo bielorrusso, Alexander Lukashenko.

O presidente ucraniano propôs a Putin, na terça-feira, um encontro na zona de conflito com os separatistas pró-russos no leste da Ucrânia, mas ainda não teve uma resposta oficial a esta ideia.

Após um cessar-fogo respeitado durante o segundo semestre de 2020, os confrontos aumentaram desde o início do ano entre as forças de Kiev e os separatistas pró-russos, que as autoridades ucranianas acusam o Kremlin de apoiar.

Ao mesmo tempo, as tensões na região aumentaram nas últimas semanas, com o envio por Moscovo de dezenas de milhares de soldados para exercícios militares na zona da fronteira com a Ucrânia e na Crimeia anexada.

O exército russo anunciou hoje a retirada desses soldados, a partir de sexta-feira, numa decisão que foi saudada por Kiev.

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