O chanceler alemão, Friedrich Merz
O chanceler alemão, Friedrich MerzEPA/TOMS KALNINS

Alemanha anuncia que Ucrânia já pode usar as suas armas na Rússia. Kremlin fala em “decisão bastante perigosa”

"A Ucrânia pode agora defender-se, por exemplo, atacando posições militares na Rússia", disse o chanceler alemão.
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O chanceler alemão, Friedrich Merz, disse esta segunda-feira que a Alemanha passa a estar entre os países que já não impõem à Ucrânia a condição de não utilizar armas alemãs contra alvos militares na Rússia.

"A Ucrânia pode agora defender-se, por exemplo, atacando posições militares na Rússia", disse Merz, embora tenha evitado esclarecer se o seu Governo entregará mísseis de longo alcance Taurus à Ucrânia, como tinha prometido antes de se tornar chanceler.

"Já não há limitações de alcance para as armas fornecidas à Ucrânia, nem pelos britânicos, nem pelos franceses, nem por nós, nem pelos americanos", explicou Merz, referindo-se a medidas que tinham sido tomadas por outros países em 2024.

Em resposta, a Rússia qualificou como uma “decisão bastante perigosa” o anúncio feito pelo chanceler alemão.

"Se estas decisões foram efetivamente tomadas, são absolutamente contrárias às nossas aspirações de chegar a um acordo político (...). Trata-se, portanto, de uma decisão bastante perigosa", afirmou o porta-voz da Presidência russa (Kremlin), Dmitri Peskov, num vídeo difundido pelos meios de comunicação social russos.

Este anúncio de Merz surge horas depois de Moscovo ter atacado o território ucraniano com um número recorde de drones.

O ataque ocorrido esta madrugada envolveu 355 drones e nove mísseis de cruzeiro, tendo visado várias regiões, entre as quais Kiev, Kharkiv e Odessa.

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