A Coldwell Banker Portugal firmou uma parceria com a britânica John D Wood & Co., especializada em imóveis premium em Londres e Sul de Inglaterra, para promover o mercado residencial de luxo português no Reino Unido. Este acordo materializou-se na oferta de um portfólio exclusivo de 1500 propriedades a compradores britânicos, revela Frederico Abecassis, CEO da marca de origem norte-americana em Portugal. É também uma resposta ao “elevado interesse” destes cidadãos pelo nosso país, “que se agudizou com as alterações no panorama político e fiscal do Reino Unido”, afirma. A parceria foi firmada no início deste ano, período que historicamente não é muito favorável a negócios imobiliários. Mas o setor está em ebulição e as tendências já não são o que eram. Prova disso é que a Coldwell Banker fechou o primeiro trimestre com um volume de vendas de 39,4 milhões de euros, um crescimento de 118% face ao mesmo período de 2024. A representante em Portugal da marca imobiliária mais antiga do mundo (surgiu em 1906, em São Francisco) fechou 227 transações, um aumento homólogo de 61%. O valor médio ultrapassou os 485 mil euros, mais de 29%.Segundo Frederico Abecassis, o mercado de luxo representou 39% do volume de negócios da imobiliária no primeiro trimestre, tendo registado um aumento de 15% face ao mesmo período de 2024. Esta procura por imóveis premium foi sustentada por “um equilíbrio entre compradores nacionais e internacionais”. Como adianta, verifica-se “uma continuidade da relevância dos compradores internacionais e um ligeiro aumento da presença de nacionais com maior capacidade de investimento”.. O responsável afasta qualquer quebra de interesse entre os investidores estrangeiros. Na sua opinião, “Portugal é cada vez mais visto como um destino refúgio”. Como sublinha, “em contextos de incerteza, investidores e famílias internacionais procuram países com estabilidade política, clima ameno, bons sistemas de saúde e segurança”. Neste início do ano, a Coldwell Banker sentiu particular procura de norte-americanos, espanhóis, britânicos, brasileiros e franceses.Sintra, Cascais, Lisboa, Ponta Delgada e Amadora foram as cidades onde a Coldwell Banker mais transações fechou. Frederico Abecassis adianta que se observou um reforço de Sintra e Cascais nas posições cimeiras e a entrada da Amadora no top 5, confirmando “a crescente valorização de zonas com boa acessibilidade e uma oferta habitacional mais competitiva”.A venda do Paço dos Ribafria, em Sintra, imóvel de grande valor patrimonial e arquitetónico, cuja história remonta ao século XVI, e de uma moradia no centro de Cascais, com 600 metros quadrados, piscina e vista de mar, adquirida por um casal de ingleses, foram as transações mais emblemáticas da marca neste arranque do ano.