Dois terços confiam na vacina e querem tomá-la logo que seja possível
Numa altura em que se assinalam as três milhões de doses de vacinas administradas, são já dois terços dos portugueses os que dizem confiar na inoculação e que a pretendem tomar assim que seja possível. A subir também os que acreditam que o governo executará o plano de vacinação dentro dos prazos estipulados. No que ao regresso à normalidade concerne, a larga maioria não acredita que tal ocorra antes de um ano.
De acordo com a mais recente sondagem da Aximage para o DN/JN/TSF, 21% e 45% dos inquiridos afirmam ter uma confiança na vacinação muito grande e grande, respetivamente. Valor que compara com os 16% e 42% apurados em fevereiro. Confiança essa maior na faixa etária acima dos 65 e menor na dos 18-34 anos. Sem grandes oscilações ao nível do sexo, os maiores graus de confiança encontram-se nos extremos das classes sociais.
São também dois terços aqueles que querem ser inoculados mal seja possível. Com uma evolução assinalável face à sondagem de novembro, altura em que a União Europeia não tinha ainda nenhuma vacina autorizada para o seu mercado. Se àquela data apenas 25% admitiam a imunização mal fosse possível, a proporção chega agora aos 67%.
Com uma leitura semelhante à anterior: são os mais velhos (91%) a concordarem com a toma da vacina o quanto antes, contra 55% nos 18-34 anos. Numa lógica territorial, destaque para as Áreas Metropolitanas do Porto (72%) e de Lisboa (70%).
Com 40% a entenderem que o plano de vacinação está a correr bem (12% muito bem), o Governo soma pontos: 45% confiam em António Costa para implementar o plano nos prazos definidos, mais 17 pontos percentuais (pp) face a fevereiro. Com as maiores taxas de confiança nos eleitores do PS e da CDU.
Já a perceção de um regresso à normalidade deteriorou-se face à sondagem de fevereiro passado. Agora, são já 23% os que acreditam que só dentro de dois ou mais anos retomaremos as nossas vidas (+ 5 pp). Dentro de um ano, estão 37% dos inquiridos (- 3 pp).
Com uma leitura etária clara, os mais velhos acreditam num regresso a curto prazo (até seis meses) e os mais novos dentro de um ano. Já acima dos dois anos, 32% das respostas foram dadas por cidadãos na faixa dos 50-64, predominantemente da região Centro e simpatizantes do PAN e do Chega.
FICHA TÉCNICA DA SONDAGEM
A sondagem foi realizada pela Aximage para o JN, TSF e DN, com o objetivo de avaliar a opinião dos portugueses sobre temas relacionados com a covid-19.
O trabalho de campo decorreu entre os dias 22 e 25 de abril de 2021 e foram recolhidas 830 entrevistas entre maiores de 18 anos residentes em Portugal.
Foi feita uma amostragem por quotas, com sexo, idade e região, a partir do universo conhecido, reequilibrada por sexo, idade, escolaridade e região.
À amostra de 830 entrevistas corresponde um grau de confiança de 95% com uma margem de erro de 3,4%.
A responsabilidade do estudo é da Aximage Comunicação e Imagem, Lda., sob a direção técnica de José Almeida Ribeiro.