Eis como um alto dirigente do PS explica ao DN a nova orgânica do segundo governo de António Costa, com os seus quatro ministros de Estado e Pedro Siza Vieira oficialmente promovido a número dois do executivo: "No fundo, são dois governos num só: um para a Europa, chefiado por António Costa; e outro para a terrinha, coordenado pelo Pedro Siza Vieira.".Quando este dirigente fala num "governo para a Europa" aquilo a que está a referir-se é ao facto de, no primeiro semestre de 2021, Portugal assumir a presidência da União Europeia. António Costa decidiu concentrar um grande esforço na preparação, e depois na execução, dessa presidência. Mas precisa para isso de ter alguém da sua absoluta confiança que fique em Lisboa a tomar conta do executivo enquanto ele deambula pelas capitais europeias..Ao mesmo tempo quer também que Pedro Siza Vieira - de quem é amigo pessoal desde os tempos em que os dois foram colegas em Direito na Universidade Clássica de Lisboa - se mantenha ministro da Economia, acrescentando-lhe uma nova tutela, a da Transição Digital..Ora, só há uma maneira de fazer de um ministro da Economia o número dois oficial do governo: é dar-lhe o título de ministro de Estado. Assim pensado, melhor realizado..António Costa não podia, porém, promover Siza Vieira a ministro do Estado sem fazer o mesmo com os titulares das pastas dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, e das Finanças, Mário Centeno - com quem aliás Costa partilhará o essencial dos esforços relacionados com a presidência portuguesa da União Europeia..Assim, os dois passaram também a ministros de Estado. E vão três..Ao mesmo tempo, queria uma coadjuvação da sua estrita confiança para as funções de Siza Vieira como ministro de Estado - e daí ter escolhido outra pessoa da sua mais estrita confiança, a até agora apenas ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva (que terá agora responsabilidades acrescidas ao ser-lhe atribuída a pasta da Demografia, um dos eixos prioritários do programa eleitoral do PS)..Portanto, enquanto Costa, Santos Silva e Centeno estiverem envolvidos no "governo da Europa", Siza Vieira e Mariana Vieira da Silva ficarão em Lisboa a dirigir o "governo da terrinha". No dizer da fonte do PS, ao serem a ambos concedidos os títulos de ministros de Estado isso implica "um estatuto de coordenadores dos outros ministros". A Pedro Siza Vieira caberá, por exemplo, substituir António Costa enquanto primeiro-ministro nas ausências deste..Tomada de posse atrasada.O elenco ministerial está completo e, além da nova orgânica revelada com a criação dos quatro ministros de Estado, poucas novidades há mais. Capoulas Santos, Vieira da Silva e Ana Paula Vitorino deixaram as pastas da Agricultura, Segurança Social e do Mar..O Presidente da República queria a tomada de posse na próxima quarta-feira mas o PSD furou-lhe os planos ao recorrer para o Tribunal Constitucional do resultado na Emigração. Na melhor das hipóteses só dentro de uma semana.
Eis como um alto dirigente do PS explica ao DN a nova orgânica do segundo governo de António Costa, com os seus quatro ministros de Estado e Pedro Siza Vieira oficialmente promovido a número dois do executivo: "No fundo, são dois governos num só: um para a Europa, chefiado por António Costa; e outro para a terrinha, coordenado pelo Pedro Siza Vieira.".Quando este dirigente fala num "governo para a Europa" aquilo a que está a referir-se é ao facto de, no primeiro semestre de 2021, Portugal assumir a presidência da União Europeia. António Costa decidiu concentrar um grande esforço na preparação, e depois na execução, dessa presidência. Mas precisa para isso de ter alguém da sua absoluta confiança que fique em Lisboa a tomar conta do executivo enquanto ele deambula pelas capitais europeias..Ao mesmo tempo quer também que Pedro Siza Vieira - de quem é amigo pessoal desde os tempos em que os dois foram colegas em Direito na Universidade Clássica de Lisboa - se mantenha ministro da Economia, acrescentando-lhe uma nova tutela, a da Transição Digital..Ora, só há uma maneira de fazer de um ministro da Economia o número dois oficial do governo: é dar-lhe o título de ministro de Estado. Assim pensado, melhor realizado..António Costa não podia, porém, promover Siza Vieira a ministro do Estado sem fazer o mesmo com os titulares das pastas dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, e das Finanças, Mário Centeno - com quem aliás Costa partilhará o essencial dos esforços relacionados com a presidência portuguesa da União Europeia..Assim, os dois passaram também a ministros de Estado. E vão três..Ao mesmo tempo, queria uma coadjuvação da sua estrita confiança para as funções de Siza Vieira como ministro de Estado - e daí ter escolhido outra pessoa da sua mais estrita confiança, a até agora apenas ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva (que terá agora responsabilidades acrescidas ao ser-lhe atribuída a pasta da Demografia, um dos eixos prioritários do programa eleitoral do PS)..Portanto, enquanto Costa, Santos Silva e Centeno estiverem envolvidos no "governo da Europa", Siza Vieira e Mariana Vieira da Silva ficarão em Lisboa a dirigir o "governo da terrinha". No dizer da fonte do PS, ao serem a ambos concedidos os títulos de ministros de Estado isso implica "um estatuto de coordenadores dos outros ministros". A Pedro Siza Vieira caberá, por exemplo, substituir António Costa enquanto primeiro-ministro nas ausências deste..Tomada de posse atrasada.O elenco ministerial está completo e, além da nova orgânica revelada com a criação dos quatro ministros de Estado, poucas novidades há mais. Capoulas Santos, Vieira da Silva e Ana Paula Vitorino deixaram as pastas da Agricultura, Segurança Social e do Mar..O Presidente da República queria a tomada de posse na próxima quarta-feira mas o PSD furou-lhe os planos ao recorrer para o Tribunal Constitucional do resultado na Emigração. Na melhor das hipóteses só dentro de uma semana.