As prioridades de Luís Montenegro: "No partido a prioridade é a unidade"
1. Portugal precisa de reformar as suas estruturas sociais, económicas e estatais. A prioridade para o país é criar mais riqueza. Estamos na cauda da Europa. Para crescer precisamos de atrair e estimular mais investimento, o que pressupõe uma carga fiscal mais baixa. Sobre as pessoas, porque estamos a sentir carência de mão-de-obra qualificada, que emigram porque o nível salarial é baixo e os impostos altos. Sobre as empresas, porque não somos competitivos com os países que se comparam connosco, nomeadamente no leste da Europa. Com uma nova política fiscal, podemos aumentar a produtividade e a criação de valor. E a par disso, reformando o Estado para que seja mais eficiente e ofereça melhores serviços aos cidadãos, tornar o país socialmente mais justo e com menos desigualdades. O caso da saúde é ultraprioritário porque nunca como hoje houve uma disparidade tão grande no acesso a cuidados de saúde entre os mais ricos e os mais pobres.
O que não pode continuar é a situação atual. O modelo socialista resume-se a cobrar mais impostos e a disponibilizar piores serviços públicos. O modelo socialista não fomenta as exportações nem a poupança. É económica e financeiramente errado.
2. No partido a prioridade é a unidade. Temos de acabar com o nível de conflitualidade que marcou os dois últimos anos. O exemplo tem de vir de cima. Do líder. Quero construir a unidade agregando todos, incluindo os que apoiaram as outras candidaturas. E quero um PSD democrático, onde se pode exprimir opiniões divergentes e no final garantir a coesão no combate externo. Não serei um líder que convida a sair quem tem opiniões diferentes da minha! Só unidos, das estruturas nacionais às estruturas locais, poderemos preparar e enfrentar com êxito o desafio eleitoral das autárquicas do próximo ano.