A Rússia está a apresentar uma "boa, embora lenta, diminuição" do número de infeções de covid-19, incluindo na capital Moscovo, afirmou a representante da Organização Mundial da Saúde naquele país, Melita Vujnovic. "Esperamos que a epidemia continue a diminuir", disse aos jornalistas..Na segunda-feira, o presidente Vladimir Putin anunciou que a votação sobre as reformas constitucionais, que lhe permitirá em teoria permanecer no poder além de 2024, vai realizar-se no dia 1 de julho..A oposição acusou o líder de arriscar a vida e a saúde das pessoas para poder permanecer no Kremlin, mas Putin quer voltar a mostrar que tem as rédeas no país e aproveitar o momento para aprovar sem dramas a reforma constitucional do seu agrado..O presidente deu instruções aos funcionários que prestassem "especial atenção" às questões de segurança na organização da votação, mas sublinhou que o país tinha ultrapassado o pico do contágio, como agora a OMS confirma. A Rússia registou na quarta-feira 8 536 novos casos de coronavírus e 178 mortes nas últimas 24 horas. Moscovo continua a ser o epicentro do surto russos..Com mais de 420 mil casos, a Rússia tem o terceiro maior número de pessoas infetadas, depois dos Estados Unidos e do Brasil, mas um número de óbitos consideravelmente menor, 5 215, apesar de o número oficial de mortes estar a aumentar..No entanto, a escolha da data é uma decisão de alto risco, uma vez que a epidemia está longe de ter terminado. "Para ganhar tempo, Putin está disposto a arriscar a vida e a saúde das pessoas", afirmou o político da oposição Lyubov Sobol. O movimento pela defesa dos direitos dos eleitores Golos afirmou que os planos para verificar a temperatura dos eleitores e de realizar votações ao ar livre mostram aos funcionários "como é perigoso realizar uma votação em tempo de pandemia"..A diretora da comissão eleitoral russa, Ella Pamfilova, assegurou que a votação "será mais segura do que ir a uma loja"..Por outro lado, um ato eleitoral no meio de restrições provocadas pela pandemia suscitaram receios de falsificações generalizadas. O Golos argumentou que as medidas sanitárias "abriram oportunidades ilimitadas para falsificar o voto". Pessoas de máscara podem repetir as votações, enquanto a desinfeção regular das mesas de voto oferece uma "grande oportunidade" para fraudes nas urnas, apontam..Pamfilova apenas se referiu à exclusão do voto por correspondência, tendo alegado que o resultado podia ser "posto em dúvida". No entanto, o voto online pode ser utilizado em algumas regiões, afirmou..Plebiscito a Putin.Uma sondagem realizada em abril mostrou que o índice de aprovação ao presidente de 67 anos, que está no poder há 20 anos, desceu para um mínimo histórico de 59%. Ainda assim, o chefe de Estado russo permanece muito popular.."Há menos entusiasmo do público" em relação a Putin, afirmou Alexander Baunov, do Centro Carnegie de Moscovo. "E agora está a oferecer um plebiscito oficial sobre a liderança, sobre si próprio"..A votação sobre a reforma constitucional foi inicialmente marcada para 22 de abril, mas a pandemia obrigou o presidente a adiar o ato eleitoral. Qualquer novo atraso significará que as pessoas terão uma noção mais forte do impacto económico do vírus, incluindo a perda de postos de trabalho, afirmaram os analistas..Uma jogada cujo risco Putin quer minimizar ao impulsionar o referendo o quanto antes. "As pessoas terão acabado de se livrar de tempos de mau humor e ainda não terão consciência de quaisquer repercussões", diz Baunov. Na mesma toada disse à AFP Konstantin Kalachev, que dirige o think tank Grupo de Peritos Políticos. Para Kalachev, o Kremlin "precisa de ultrapassar rapidamente a crise, enquanto as pessoas não compreenderam bem as consequências da epidemia e estão contentes por a vida estar a voltar à normalidade"..A votação não é o único exemplo da pressa de Putin em regressar à sua agenda anterior ao vírus e em pôr a pandemia para trás das costas..A sua primeira medida foi a de reagendar o desfile militar da Praça Vermelha para evocar a vitória na Segunda Guerra Mundial, que deveria ter decorrido no dia 9 de maio. Será realizado a 24 de junho, uma semana antes do plebiscito..O Kremlin espera que o evento do 75.º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial na Europa reforce o ânimo do público e incentive a afluência às urnas. "Não podiam encontrar melhor altura", comentou Kalachev. "Contam com o efeito mobilizador do desfile da vitória", noticiou o diário Vedomosti, citando uma fonte próxima do Kremlin..A Rússia voltou a convidar forças de 19 países a marcharem no desfile do Dia da Vitória, onde o ministro da Defesa Serguei Shoigu se comprometeu a adotar medidas de segurança para impedir a propagação do covid-19..O desfile de Moscovo terá a duração de 90 minutos e irá reencenar elementos do primeiro desfile da vitória realizado em 24 de Junho de 1945, afirmou Oleg Salyukov, comandante-em-chefe das Forças Terrestres..O que está em jogo.O presidente russo lançou uma reforma constitucional em janeiro que, graças a uma emenda adicionada no último minuto de março, permite-lhe exercer dois mandatos adicionais no final do atual, em 2024. Em teoria, Putin, no poder desde 2000, poderia permanecer no Kremlin até 2036, ou quando tivesse 83 anos..A reforma já foi confirmada pelas duas casas da Duma, portanto não seria necessário um plebiscito, mas Putin decidiu que a reforma também deveria ser validada nas urnas. O presidente prometeu que não vai aplicá-la se os russos rejeitarem a reforma, um cenário que parece altamente improvável..A revisão constitucional reforça prerrogativas presidenciais e concede direitos socioeconómicos, como um salário mínimo garantido e a indexação das pensões..No campo ideológico aprofunda a visão conservadora e ortodoxa da Rússia com a menção da "fé em Deus", bem como com o princípio de um casamento apenas entre um homem e uma mulher..Síria e Líbia.Se o conflito no leste da Ucrânia, onde grupos apoiados por Moscovo mantêm o controlo de facto da região, parece congelado, noutros cenários mais longínquos o Kremlin voltou a dar cartas..Na Síria, aviões de guerra russos realizaram os primeiros ataques aéreos em três meses no último reduto controlado pelos opositores ao regime. Os ataques de terça-feira à noite e madrugada de quarta-feira atingiram uma zona do noroeste da Síria onde se encontram as fronteiras das províncias de Hama, Idlib e Latáquia, informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos..A aliança Hayat Tahrir al-Sham, liderada pela antiga filial da Al-Qaeda na Síria, continua a manter uma grande presença na região, e tem o apoio tácito da Turquia..Uma trégua entre a Turquia e a Rússia pôs fim a uma campanha aérea e terrestre de três meses que assistiu à morte de centenas de pessoas e à fuga de mais de um milhão de pessoas que se deslocaram para a fronteira turca..Por outro lado, Moscovo dá sinais de que quer permanecer na região. Vladimir Putin ordenou aos ministérios da Defesa e dos Negócios Estrangeiros que mantivessem conversações com o governo de Bashar al-Assad sobre a "obtenção de acesso marítimo na Síria, bem como sobre novas instalações militares e bens imobiliários adicionais em terra e no mar"..Na prática, e para já, os russos querem expandir de forma significativa as duas bases militares permanentes na Síria: uma base aérea na província de Latáquia, e uma base naval em Tartus, na costa mediterrânica..No que crê ser um entendimento entre Moscovo e Washington, o autor libanês Khairallah Khairallah escreveu: "A Rússia decidiu expandir a sua zona de controlo direto na Síria e vai conseguir o que quer. Ao contrário dos desejos do Irão, Moscovo não deixará espaço para a presença iraniana ao longo da costa síria, apenas para confirmar quem manda na Síria e que cabe à Rússia, e não ao Irão, determinar o futuro papel da Síria na região.".No texto publicado pelo The Arab Weekly, Khairallah augura que tudo se tornará claro em meados de 2021, quando é suposto haver eleições na Síria. "A estratégia da Rússia é recolher o maior número possível de cartas no jogo sírio, a fim de se tornar o único responsável pela tomada de decisões no país. Será então que Bashar Assad descobrirá que se tornou impotente e que um Irão falido não poderá salvá-lo novamente.".Na Líbia, a tática do Kremlin é outra. Oficialmente não há presença militar russa, mas há russos e material de guerra russo no apoio ao marechal Haftar, líder do LNA, o exército líbio que controla a maior parte do território, incluindo o leste e as explorações petrolíferas..Após meses a tentar tomar a capital Trípoli, as forças de Haftar sofreram perdas em toda a linha quando os drones turcos entraram em ação. Na cidade de Bani Walid, mercenários russos da empresa Wagner bateram em retirada..A notícia da evacuação do grupo Wagner surge após a divulgação de um relatório de peritos da ONU segundo o qual 800 a 1 200 dos seus contratados tinham sido destacados para a Líbia desde agosto de 2018. A Rússia negou qualquer ligação com os soldados e criticou as conclusões do painel da ONU..No entanto, nos últimos dias chegaram à Líbia aviões de combate Mig-29, como foi revelado pelas forças militares dos EUA. Os aviões de guerra deixaram a Rússia e fizeram uma paragem na Síria, onde "foram pintados para camuflar a sua origem russa" antes de chegarem à Líbia, segundo o Africom, o comando norte-americano responsável pelas relações militares com países africanos..Ao prestar apoio aéreo ao exército de Haftar, "a Rússia está claramente a tentar fazer a balança pender a seu favor na Líbia", afirmou o comandante do AFRICOM, o general Stephen Townsend. Townsend e outros oficiais militares norte-americanos manifestaram a sua preocupação de que uma vitória de Haftar na Líbia permita à Rússia estabelecer uma base militar permanente na costa do sul do Mediterrâneo.
A Rússia está a apresentar uma "boa, embora lenta, diminuição" do número de infeções de covid-19, incluindo na capital Moscovo, afirmou a representante da Organização Mundial da Saúde naquele país, Melita Vujnovic. "Esperamos que a epidemia continue a diminuir", disse aos jornalistas..Na segunda-feira, o presidente Vladimir Putin anunciou que a votação sobre as reformas constitucionais, que lhe permitirá em teoria permanecer no poder além de 2024, vai realizar-se no dia 1 de julho..A oposição acusou o líder de arriscar a vida e a saúde das pessoas para poder permanecer no Kremlin, mas Putin quer voltar a mostrar que tem as rédeas no país e aproveitar o momento para aprovar sem dramas a reforma constitucional do seu agrado..O presidente deu instruções aos funcionários que prestassem "especial atenção" às questões de segurança na organização da votação, mas sublinhou que o país tinha ultrapassado o pico do contágio, como agora a OMS confirma. A Rússia registou na quarta-feira 8 536 novos casos de coronavírus e 178 mortes nas últimas 24 horas. Moscovo continua a ser o epicentro do surto russos..Com mais de 420 mil casos, a Rússia tem o terceiro maior número de pessoas infetadas, depois dos Estados Unidos e do Brasil, mas um número de óbitos consideravelmente menor, 5 215, apesar de o número oficial de mortes estar a aumentar..No entanto, a escolha da data é uma decisão de alto risco, uma vez que a epidemia está longe de ter terminado. "Para ganhar tempo, Putin está disposto a arriscar a vida e a saúde das pessoas", afirmou o político da oposição Lyubov Sobol. O movimento pela defesa dos direitos dos eleitores Golos afirmou que os planos para verificar a temperatura dos eleitores e de realizar votações ao ar livre mostram aos funcionários "como é perigoso realizar uma votação em tempo de pandemia"..A diretora da comissão eleitoral russa, Ella Pamfilova, assegurou que a votação "será mais segura do que ir a uma loja"..Por outro lado, um ato eleitoral no meio de restrições provocadas pela pandemia suscitaram receios de falsificações generalizadas. O Golos argumentou que as medidas sanitárias "abriram oportunidades ilimitadas para falsificar o voto". Pessoas de máscara podem repetir as votações, enquanto a desinfeção regular das mesas de voto oferece uma "grande oportunidade" para fraudes nas urnas, apontam..Pamfilova apenas se referiu à exclusão do voto por correspondência, tendo alegado que o resultado podia ser "posto em dúvida". No entanto, o voto online pode ser utilizado em algumas regiões, afirmou..Plebiscito a Putin.Uma sondagem realizada em abril mostrou que o índice de aprovação ao presidente de 67 anos, que está no poder há 20 anos, desceu para um mínimo histórico de 59%. Ainda assim, o chefe de Estado russo permanece muito popular.."Há menos entusiasmo do público" em relação a Putin, afirmou Alexander Baunov, do Centro Carnegie de Moscovo. "E agora está a oferecer um plebiscito oficial sobre a liderança, sobre si próprio"..A votação sobre a reforma constitucional foi inicialmente marcada para 22 de abril, mas a pandemia obrigou o presidente a adiar o ato eleitoral. Qualquer novo atraso significará que as pessoas terão uma noção mais forte do impacto económico do vírus, incluindo a perda de postos de trabalho, afirmaram os analistas..Uma jogada cujo risco Putin quer minimizar ao impulsionar o referendo o quanto antes. "As pessoas terão acabado de se livrar de tempos de mau humor e ainda não terão consciência de quaisquer repercussões", diz Baunov. Na mesma toada disse à AFP Konstantin Kalachev, que dirige o think tank Grupo de Peritos Políticos. Para Kalachev, o Kremlin "precisa de ultrapassar rapidamente a crise, enquanto as pessoas não compreenderam bem as consequências da epidemia e estão contentes por a vida estar a voltar à normalidade"..A votação não é o único exemplo da pressa de Putin em regressar à sua agenda anterior ao vírus e em pôr a pandemia para trás das costas..A sua primeira medida foi a de reagendar o desfile militar da Praça Vermelha para evocar a vitória na Segunda Guerra Mundial, que deveria ter decorrido no dia 9 de maio. Será realizado a 24 de junho, uma semana antes do plebiscito..O Kremlin espera que o evento do 75.º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial na Europa reforce o ânimo do público e incentive a afluência às urnas. "Não podiam encontrar melhor altura", comentou Kalachev. "Contam com o efeito mobilizador do desfile da vitória", noticiou o diário Vedomosti, citando uma fonte próxima do Kremlin..A Rússia voltou a convidar forças de 19 países a marcharem no desfile do Dia da Vitória, onde o ministro da Defesa Serguei Shoigu se comprometeu a adotar medidas de segurança para impedir a propagação do covid-19..O desfile de Moscovo terá a duração de 90 minutos e irá reencenar elementos do primeiro desfile da vitória realizado em 24 de Junho de 1945, afirmou Oleg Salyukov, comandante-em-chefe das Forças Terrestres..O que está em jogo.O presidente russo lançou uma reforma constitucional em janeiro que, graças a uma emenda adicionada no último minuto de março, permite-lhe exercer dois mandatos adicionais no final do atual, em 2024. Em teoria, Putin, no poder desde 2000, poderia permanecer no Kremlin até 2036, ou quando tivesse 83 anos..A reforma já foi confirmada pelas duas casas da Duma, portanto não seria necessário um plebiscito, mas Putin decidiu que a reforma também deveria ser validada nas urnas. O presidente prometeu que não vai aplicá-la se os russos rejeitarem a reforma, um cenário que parece altamente improvável..A revisão constitucional reforça prerrogativas presidenciais e concede direitos socioeconómicos, como um salário mínimo garantido e a indexação das pensões..No campo ideológico aprofunda a visão conservadora e ortodoxa da Rússia com a menção da "fé em Deus", bem como com o princípio de um casamento apenas entre um homem e uma mulher..Síria e Líbia.Se o conflito no leste da Ucrânia, onde grupos apoiados por Moscovo mantêm o controlo de facto da região, parece congelado, noutros cenários mais longínquos o Kremlin voltou a dar cartas..Na Síria, aviões de guerra russos realizaram os primeiros ataques aéreos em três meses no último reduto controlado pelos opositores ao regime. Os ataques de terça-feira à noite e madrugada de quarta-feira atingiram uma zona do noroeste da Síria onde se encontram as fronteiras das províncias de Hama, Idlib e Latáquia, informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos..A aliança Hayat Tahrir al-Sham, liderada pela antiga filial da Al-Qaeda na Síria, continua a manter uma grande presença na região, e tem o apoio tácito da Turquia..Uma trégua entre a Turquia e a Rússia pôs fim a uma campanha aérea e terrestre de três meses que assistiu à morte de centenas de pessoas e à fuga de mais de um milhão de pessoas que se deslocaram para a fronteira turca..Por outro lado, Moscovo dá sinais de que quer permanecer na região. Vladimir Putin ordenou aos ministérios da Defesa e dos Negócios Estrangeiros que mantivessem conversações com o governo de Bashar al-Assad sobre a "obtenção de acesso marítimo na Síria, bem como sobre novas instalações militares e bens imobiliários adicionais em terra e no mar"..Na prática, e para já, os russos querem expandir de forma significativa as duas bases militares permanentes na Síria: uma base aérea na província de Latáquia, e uma base naval em Tartus, na costa mediterrânica..No que crê ser um entendimento entre Moscovo e Washington, o autor libanês Khairallah Khairallah escreveu: "A Rússia decidiu expandir a sua zona de controlo direto na Síria e vai conseguir o que quer. Ao contrário dos desejos do Irão, Moscovo não deixará espaço para a presença iraniana ao longo da costa síria, apenas para confirmar quem manda na Síria e que cabe à Rússia, e não ao Irão, determinar o futuro papel da Síria na região.".No texto publicado pelo The Arab Weekly, Khairallah augura que tudo se tornará claro em meados de 2021, quando é suposto haver eleições na Síria. "A estratégia da Rússia é recolher o maior número possível de cartas no jogo sírio, a fim de se tornar o único responsável pela tomada de decisões no país. Será então que Bashar Assad descobrirá que se tornou impotente e que um Irão falido não poderá salvá-lo novamente.".Na Líbia, a tática do Kremlin é outra. Oficialmente não há presença militar russa, mas há russos e material de guerra russo no apoio ao marechal Haftar, líder do LNA, o exército líbio que controla a maior parte do território, incluindo o leste e as explorações petrolíferas..Após meses a tentar tomar a capital Trípoli, as forças de Haftar sofreram perdas em toda a linha quando os drones turcos entraram em ação. Na cidade de Bani Walid, mercenários russos da empresa Wagner bateram em retirada..A notícia da evacuação do grupo Wagner surge após a divulgação de um relatório de peritos da ONU segundo o qual 800 a 1 200 dos seus contratados tinham sido destacados para a Líbia desde agosto de 2018. A Rússia negou qualquer ligação com os soldados e criticou as conclusões do painel da ONU..No entanto, nos últimos dias chegaram à Líbia aviões de combate Mig-29, como foi revelado pelas forças militares dos EUA. Os aviões de guerra deixaram a Rússia e fizeram uma paragem na Síria, onde "foram pintados para camuflar a sua origem russa" antes de chegarem à Líbia, segundo o Africom, o comando norte-americano responsável pelas relações militares com países africanos..Ao prestar apoio aéreo ao exército de Haftar, "a Rússia está claramente a tentar fazer a balança pender a seu favor na Líbia", afirmou o comandante do AFRICOM, o general Stephen Townsend. Townsend e outros oficiais militares norte-americanos manifestaram a sua preocupação de que uma vitória de Haftar na Líbia permita à Rússia estabelecer uma base militar permanente na costa do sul do Mediterrâneo.