A LovelyStay, gestora de propriedades para arrendamento de curta e média duração, quer alargar a sua presença à Comporta e aos Açores, destinos turísticos em franco crescimento. Miguel Marinho Soares, responsável pela operação portuguesa, já definiu que esta aposta tem de estar operacional no próximo ano. Neste momento, está à procura do parceiro local ideal. Como afirma, a LovelyStay já podia estar nestes destinos, mas o objetivo não é a expansão per si. Ter um agente com conhecimento da realidade local é uma mais-valia neste negócio, afirma.A empresa, que surgiu em 2015 por iniciativa de empreendedores portugueses e franceses, tem hoje uma carteira de quase 1500 imóveis de Alojamento Local (AL), entre apartamentos e villas, número que lhe assegura a liderança no mercado nacional. Com uma forte presença em Lisboa, onde está prestes a atingir as 500 propriedades sob gestão, e no Porto (488 imóveis), marca ainda presença no Algarve e na Madeira, com perto de 200 unidades em cada uma destas regiões. Miguel Marinho Soares frisa ainda que a LovelyStay soma diversos imóveis espalhados um pouco por todo o país.A LovelyStay tem apostado num crescimento orgânico, mas sempre com a preocupação de agregar propriedades e serviços de qualidade, diz o responsável. Como salienta, “foi um crescimento contrato a contrato, cliente a cliente”. Mas, em 2023, adquiriu uma empresa congénere na Madeira, que tinha um portefólio de 100 propriedades, para entrar neste mercado. O intuito, a replicar nos Açores, foi assegurar conhecimento local. Os números confirmam um regular crescimento. No fim de 2023, a empresa tinha 1129 unidades sob gestão. Um ano depois, totalizava 1347 e, no fim do atual exercício, prevê atingir as 1500.. Um dos focos mais recentes da LovelyStay são os imóveis premium. A gestora tem vindo a incorporar na sua carteira as propriedades da marca de hospitalidade Ando Living. Na Comporta, tem assegurada a gestão de 16 villas desta insígnia, que deverão estar concluídas até final deste ano. A Ando Living, que tem já 150 unidades sob alçada da LovelyStay, é uma marca de AL premium que aposta num conceito de apartamentos com serviços. Para Miguel Marinho Soares, este segmento, que não se limita à oferta de um simples lugar para dormir, é que permitirá alavancar os preços do AL no país. Segundo o responsável, os proprietários que vão mais além do que remodelações com MDF e móveis Ikea continuam a assistir ao crescimento do valor pago por noite. Na sua opinião, “a elasticidade dos preços não pode continuar sem haver serviços acessórios ao hóspede, uma abordagem holística que inclua transfers, experiências culturais, parcerias com entidades locais”. Segundo Miguel Marinho Soares, uma das preocupações da LovelyStay é sensibilizar os donos dos imóveis para estas questões, de forma a que possam tirar a maior rentabilidade possível do ativo. De acordo com a sua análise de mercado, é natural que os preços do AL no país estejam a estabilizar, depois do crescimento muito acentuado dos últimos anos. Quebras só, eventualmente, os segmentos mais standard, diz.Os hóspedes também têm origens diferentes. Os norte-americanos lideram o ranking das nacionalidades que optam por imóveis premium na LovelyStay. Seguem-se os britânicos, franceses, canadianos e espanhóis. Já nas unidades standard, dominam os nuestros hermanos, logo depois, os franceses, os norte-americanos, portugueses e britânicos. De acordo com Miguel Marinho Soares, a rentabilidade bruta da LovelyStay deverá atingir este ano os 52,8 milhões de euros, valor que, a confirmar-se, resultará num aumento de 31% face aos 40,2 milhões registados em 2024. Refira-se ainda que, em 2023, atingiu os 32,5 milhões de euros.Na LovelyStay, os colaboradores (152, atualmente) são premiados pela sua performance. Miguel Marinho Soares entrou como comercial num regime de prestação de serviços em 2018, subiu a coordenador regional e hoje é responsável pela operação portuguesa. Como frisa, “a LovelyStay tem um historial consistente de recrutar, formar e promover talento interno”. Exemplos não faltam: a diretora de Operações de Hóspedes começou a fazer check-ins, assim como o diretor Comercial; há gestores de receita que começaram no back-office, assistentes de Marketing que vieram do terreno e diretores Regionais que eram operacionais em setores diversos. .Six Senses Douro Valley. Mais de 50% dos hóspedes do hotel mais caro do país são norte-americanos.Aviação ultraleve quer explorar turismo aéreo e transportes