Ex-chefe do FMI Rodrigo Rato condenado a mais de quatro anos de prisão em Espanha
Foto: FERNANDO VILLAR/EPA

Ex-chefe do FMI Rodrigo Rato condenado a mais de quatro anos de prisão em Espanha

A condenação de Rodrigo Rato resultou de uma investigação à origem da sua fortuna pessoal, num processo iniciado em 2015.
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O antigo diretor-geral do FMI e ex-ministro da Economia de Espanha Rodrigo Rato foi esta sexta-feira condenado em Madrid a quatro anos e nove meses de prisão por três delitos fiscais, branqueamento de capitais e corrupção entre particulares.

Rodrigo Rato foi também condenado a uma multa de dois milhões de euros e a pagar perto de 570 mil euros às Finanças espanholas, segundo a sentença do tribunal de Madrid em que foi julgado citada pelos meios de comunicação social locais.

A sentença admite ainda recurso para instâncias superiores.

A condenação de Rodrigo Rato resultou de uma investigação à origem da sua fortuna pessoal, num processo iniciado em 2015.

O Ministério Público pedia mais de 70 anos de prisão para o antigo chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI) e argumentou que Rodrigo Rato defraudou o Estado espanhol, com crimes fiscais, em cerca de 8,5 milhões de euros.

Segundo o Ministério Público, o antigo ministro manteve desde 1999 um património que ocultava das Finanças através de diversas sociedades e contas domiciliadas nas Bahamas, Suíça, Mónaco, Luxemburgo e Reino unido, entre outros países e territórios.

Rodrigo Rato, que sempre manteve a residência fiscal em Espanha, mesmo no período em que esteve no FMI, aumentou ainda o património pessoal de forma aparentemente injustificada em 15,6 milhões de euros entre 2005 e 2015 e teve rendimentos com imóveis no estrangeiro que nunca declarou ao fisco espanhol, segundo o Ministério Público.

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