25 milhões. Apple multada por atualizações que deixam iPhones mais lentos
O escândalo eclodiu em dezembro de 2017, quando a gigante tecnológica dos EUA admitiu que o seu software iOS mais recente estava a prejudicar o desempenho de telefones mais antigos, cuja bateria estava a deteriorar-se.
Os críticos acusaram a empresa de forçar clandestinamente os utilizadores a comprar novos telefones mais cedo do que o necessário e os protestos forçaram a Apple a atualizar o software e a oferecer descontos consideráveis nas substituições de baterias.
Em França, uma queixa da associação Halt Planned Obsolescence (HOP) levou os procuradores do Ministério Público a abrirem uma investigação, em janeiro de 2018.
"Os proprietários de telefones não foram informados de que a instalação das atualizações do iOS (10.2.1 e 11.2) poderia tornar mais lentos os seus dispositivos", disse a Direção Geral da Concorrência, do Consumo e do Combate à Fraude (DGCCRF), em comunicado.
"Esta é uma vitória histórica, tanto para os consumidores quanto para o meio ambiente", disseram os co-fundadores da HOP, Laetitia Vasseur e Samuel Sauvage, acrescentando que consideram ainda apresentar queixas por danos adicionais causados aos clientes do iPhone.
A Apple saudou o acordo com o DGCCRF, que permitirá evitar um julgamento público potencialmente embaraçoso.
"O nosso objetivo sempre foi criar produtos seguros, apreciados pelos nossos clientes, e fazer iPhones que durem o máximo possível é uma parte importante disso".