Vídeos exclusivos. A invasão pelas câmaras no interior da Academia

DN revela em exclusivo as imagens captadas no sistema de videovigilância da Academia de Alcochete. Veja Jorge Jesus em contacto com os invasores, Manuel Fernandes a escapar ileso e Frederico Varandas nas instalações onde se veem elementos tanto a lançar como a apagar tochas.

Foram 15 minutos que marcam a história do Sporting. Dois dias depois da derrota do Sporting na Madeira frente ao Marítimo, depois da equipa ter sido recebida com insultos no regresso a Alvalade e com a saída de Jorge Jesus a ser dada como certa, um grupo de adeptos invadiu a Academia, em Alcochete, a 15 de maio, por volta das 17 horas. Agora, o DN revela as imagens exclusivas do sistema de videovigilância da Academia do Sporting.

Passados seis meses, o Ministério Público (MP) considera Bruno de Carvalho, então presidente do Sporting, suspeito de ter incentivado o ataque pelo qual hoje estão em prisão preventiva 38 homens acusados de crimes que variam entre ameaça agravada, sequestro, dano com violência, posse de arma proibida e terrorismo. E é aqui que, apurou o DN, as equipas de defesa de alguns dos arguidos se preparam para apresentar argumentos.

Nas imagens de videovigilância a que o DN teve acesso é possível ver comportamentos diferentes entre os agressores - se alguns lançam tochas, danificam carros e se apresentam balançando cintos, outros apagam engenhos pirotécnicos, cruzam-se com Jorge Jesus, Manuel Fernandes e Frederico Varandas sem os agredir. Esta fragilidade na acusação é uma das que já causa mal estar entre PGR e as forças de autoridade envolvidas no caso.

Na sexta-feira, dia em que a acusação foi fechada pelo MP, vieram a público vários detalhes da violência levada a cabo durante a invasão. As trocas de mensagens entre envolvidos a sugerir "tochada neles" e pedir atenção especial a "esse merdas" William Carvalho e Rui Patrício fazem parte das 143 páginas do documento, assim como uma referência à presença de Bruno de Carvalho numa reunião de planeamento na véspera do ataque. No total, são 44 os arguidos, 38 dos quais estão em prisão preventiva, estando os seis restantes, entre eles o ex-presidente Bruno de Carvalho e Nuno Mendes, líder da Juventude Leonina, sujeitos a termo de identidade e residência.

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